De acordo com a Voarte, organizadora do festival, a edição deste ano tem uma programação focada na comunidade artística surda, tendo em todas as ações interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP) e Sistema de Gesto Internacional (IS), indicou a organização num comunicado.

Entre os dias 18 e 23 de julho, o InArt apresentará naquele centro cultural do concelho de Odivelas, distrito de Lisboa, quatro espetáculos de coreógrafos, nacionais e estrangeiros, dois em estreia absoluta, destacando o resultado final do projeto europeu “Beyond Signs” e a revisitação do espetáculo “3,50 x 2,70 [três e meio, dois setenta]”, da CiM – Companhia de Dança.

De acordo com a Voarte, será dada ênfase ao trabalho pedagógico, artístico e socialmente integrativo, com o objetivo de sensibilizar para a importância das artes “como ferramenta para combate à exclusão social”.

Haverá ainda lugar a três ´masterclasses´ sobre a perspetiva da música surda, “e como no cinema o som ou a sua ausência são elementos determinantes na estruturação da imagem”.

A 19 de julho, às 18h00, ocorrerá a inauguração de três exposições de fotografia de João Pedro Rodrigues, A.Roque e Zé Luís Rebel.

Às 19h00, no café-teatro, o concerto das “Mãos que Cantam”, projeto com direção artística de Sérgio Peixoto, reunirá um grupo coral constituído por alunos e ex-alunos de licenciatura e mestrado em LGP do Instituto de Ciências da Saúde.

No dia 20 de julho, será apresentado, em estreia absoluta, um tríptico coreográfico desenvolvido no contexto do projeto “Beyond Signs”, com direção artística de Tony Weaver, Angel Naumoski e Diana Anselmo.

Trata-se de uma apresentação concebida e interpretada por artistas surdos, de diferentes linguagens artísticas, unidos pela língua gestual.

No dia 21 de julho terá lugar o espetáculo “Power”, uma criação do Riksteatern Crea, com interpretação das gémeas Jamila & Amina Ouahid, da Suécia, e no dia 22 de julho o espetáculo “3,50 x 2,70 [três e meio, dois setenta]”, uma criação da CiM – Companhia de Dança, interpretada por seis atores surdos e ouvintes com criação de Ana Rita Barata e Bruno Rodrigues.

Esta peça procura “questionar o espaço do outro, as fronteiras, de dentro para fora, de fora para dentro, numa procura de uma linguagem comum onde o silêncio, as palavras e os gestos não são de ninguém”, assinala a Voarte.

O espetáculo de fecho, a 23 de julho, intitula-se “Des-acerto”, e é uma criação da CiM – Companhia de Dança, com coreografia de Mara Ricárdio Pacheco.

Nesta peça são celebrados os 15 anos do percurso da companhia e do seu trabalho artístico, performático e pedagógico, com a particularidade de levar a palco os intérpretes do PEPA – Projeto Educativo para as Artes, e bailarinos profissionais.

No dia 21 de julho às 18h00, será exibido o documentário “Imperfect”, de Regan Linton e Brian Malone, que segue uma companhia profissional de atores com toda a natureza de deficiências, contando “as suas histórias íntimas enquanto persistem contra os obstáculos num mundo que os exclui”.

A 22 de julho, será exibido o documentário “Retrato” que contará com uma conversa final com o realizador António Gil e com a coreógrafa Clara Andermatt, bem como três dos intérpretes que participaram no projeto desenvolvido pelo Lab inDança.

Entre 18 e 23 de julho, o InArt irá propor ainda sete oficinas de dança contemporânea, de vídeo-dança, de poesia em língua gestual e visual vernacular em palco, do movimento dos gestos, de voz, de língua gestual portuguesa nas artes performativas e de acessibilidade no mundo das profissões.

Serão dirigidos por artistas nacionais e estrangeiros, nomeadamente da Croácia, Suécia, Portugal, Qatar e Polónia.

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