"A expectativa é que tenha mais público e mais nomes da música passando por esta cidade, em muitas horas de música. São três dias, 52 atividades ao todo e são 20 concertos", afirmou hoje Lu Araújo, diretora-geral do Mimo.

A apresentação do evento, marcado para os dias 21, 22 e 23 de julho, realizou-se hoje no Museu Amadeo Souza-Cardoso, com a presença de autarcas e patrocinadores.

Em declarações aos jornalistas, a organizadora previu que a edição de 2017 atraia ainda mais público do que o evento de estreia, realizado no ano passado.

"O festival cresce. A organização e a própria cidade estão-se a preparar para receber um número maior de pessoas. No ano passado, tivemos 24.000 pessoas, aquilo já foi uma grande surpresa para uma primeira edição", acrescentou.

Lu Araújo recordou que o modelo deste evento, inspirado na versão brasileira do Mimo, é diferente do que habitualmente ocorre nos festivais de música em Portugal.

"É um festival aberto e tem características especiais. As coisas acontecem simultaneamente, em vários lugares", afirmou, acrescentando que as pessoas podem circular livremente pela cidade, encontrar vários tipos de atividades e desfrutar do património histórico de Amarante.

Como aconteceu em 2016, o Mimo vai ter atividades ao ar livre, sobretudo no parque Ribeirinho, junto ao Tâmega, mas também nas igrejas de São Pedro e São Gonçalo, no Museu Amadeo de Souza-Cardoso, no Cinema Teixeira de Pascoaes e no Centro Cultural de Amarante. Além da música, haverá cinema, ações de formação musical, fórum de ideias com vários artistas, poesia e um programa educativo.

"Acho que tem para todo o mundo e é de graça. É só chegar e se organizar. Algumas coisas têm capacidade limitada e a gente tem de controlar. Mas, na verdade, se não estiver para uma programação vai para outra e vai ficar confortável", comentou, prometendo uma experiência diferente e propiciadora do convívio entre as pessoas.

Nos três dias, alguns monumentos da cidade beneficiarão de iluminação especial, para evidenciar a riqueza do centro histórico. Haverá, também, um roteiro cultural.

Da programação, que inclui pop, música de câmara, tradicional e eletrónica, entre outros estilos, a organização destacou Herbie Hancock, "um grande músico americano que passa exclusivamente por Portugal, no Mimo".

Assinalou ainda as atuações das duplas Richard Bona & Mandekam Cubano e Girma Bèyènè & Alalé Wubé, ambas com música de dança.

"E tem as coisas mais especiais que vêm para o Mimo exclusivamente", disse, indicado a atuação do grupo brasileiro Nação Zumbi (na foto).

O brasileiro Jards Macalé, de 71 anos, que atuará pela primeira vez a Portugal, a cantora Céu, também do Brasil, e os portugueses Ricardo Ribeiro e Três Tristes Tigres foram outros artistas destacados pela organização.

No total, o festival Mimo vai custar entre 550 e 600 mil euros, um orçamento que a organização considera "pequeno para um festival deste porte, para este tipo de atração".

"Em cada ano é um desafio. Nós tivemos muita sorte de estar nesta região, de ter pessoas comprometidas com a vontade de trazer um grande festival para cá", assinalou Ju Araújo.

O Mimo 2017 conta com o apoio do Turismo do Porto e Norte de Portugal, da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, da Câmara de Amarante e da Fundação Millennium BCP.