O festival de teatro comunitário Novos Ventos começa na segunda-feira com uma programação que contempla 35 espetáculos em quatro freguesias do concelho de Leiria até 9 de julho, anunciou o Leirena Teatro.

Para a oitava edição, aquele grupo de teatro anuncia 13 espetáculos profissionais e 22 criações comunitárias, envolvendo residências artísticas de uma semana com 21 coletivos e instituições locais, num total superior a duas centenas de atores amadores.

Para o diretor do Leirena, Frédéric da Cruz Pires, Novos Ventos “é um movimento de descentralização, de combate à iliteracia cultural”, assumindo-se como “um festival para as pessoas, para as comunidades, de acesso à cultura, de encontro entre vizinhos, familiares e amigos”.

As criações nas quatro freguesias envolvidas este ano - Marrazes, Regueira de Pontes, Arrabal e Parceiros - são construídas ao longo de cada semana. Depois, o resultado é apresentado ao fim de semana, permitindo “ver entes queridos ou colegas de trabalho a fazer um espetáculo”.

A fechar cada noite, há teatro profissional “no largo da igreja ou numa floresta”.

“É um festival pensado enquanto festa, pelo espírito comunitário”, abrindo portas para que “toda a gente se possa incluir, participar e quebrar a rotina do seu dia-a-dia e passar um bom fim de semana e uma boa semana, seja participante [nas peças] ou não”, frisou o diretor à agência Lusa.

A programação profissional inclui três residências artísticas com grupos de estudantes da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, do Porto, e do Instituto Nacional de Artes do Circo, de Famalicão, que receberam bolsas de criação para desenvolverem dois espetáculos de novo circo e um de performance.

Entre as nove companhias profissionais que sobem aos palcos do festival, há uma estrangeira, a Soon Circus Company, de Espanha. As restantes são as portuguesas Krisálida Teatro, Asta Teatro, Imaginar do Gigante, Companhia Certa, O Teatrão, Teatro Regional de Montemuro, ESTE - Estação Teatral e o próprio Leirena Teatro.

Segundo Frédéric da Cruz Pires, Novos Ventos destaca-se também pelos cuidados na acessibilidade, procurando chegar a um leque de espetadores o mais alargado possível.

“Já demos o pontapé de saída no ano passado”, mas, este ano, “vamos ter cinco espetáculos acessíveis”, com audiodescrição e folhas de sala multiformato, sendo que quatro desses têm tradução em Língua Gestual Portuguesa.

“Também vamos ter todo o cuidado com os acessos físicos, para que as pessoas possam usufruir do festival e de cultura”, sublinhou.

Com entradas livres, o Novos Ventos arranca na segunda-feira, nos Marrazes, iniciando uma semana de criação que culmina com a apresentação de cinco espetáculos nos dias 17 e 18.

O festival segue depois, entre 20 e 25, para Regueira de Pontes, fixando-se no Arrabal entre o dia 27 e 2 de julho.

De 4 a 9 de julho, Novos Ventos fecha esta edição nos Parceiros, com apresentação dos espetáculos no Parque Verde.

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