Esta distinção “marca as celebrações dos 50 anos da Universidade e reconhece a extraordinária contribuição de Gilberto Gil para a cultura internacional e o legado que deixa ao longo de várias décadas”, lê-se em nota de imprensa.

Gilberto Gil, de 81 anos, multipremiado artista brasileiro, receberá o título a 31 de outubro, numa altura em que estará em Portugal para três concertos, nos coliseus de Lisboa e do Porto.

A propósito da atribuição deste doutoramento 'honoris causa', a Universidade Nova de Lisboa vai realizar em outubro um ciclo de iniciativas “pensadas para fazer ecoar a obra de Gil e refletir sobre ela a partir da Universidade como espaço de interrogação”.

Esse ciclo começa a 22 de outubro e contará com vários concertos, nomeadamente dos músicos portugueses Júlio Resende e António Zambujo e do brasileiro José Miguel Wisnik.

Os três concertos de Gilberto Gil em Portugal - a 30 de outubro e a 31 de outubro no Coliseu de Lisboa, e no dia 2 de novembro no Coliseu do Porto – fazem parte da digressão europeia “Aquele Abraço”.

Esta digressão celebra a carreira de 60 anos do músico e 50 de digressões internacionais. Nesta digressão, feita em família, Gilberto Gil é acompanhado pelos filhos Bem e José, e pelos netos João e Flor, retomando sucessos do seu percurso artístico e salas de concerto que, ao longo de décadas, o acolheram na Europa.

Nascido em 1942, em Salvador da Bahia, no Brasil, Gilberto Gil começou a carreira musical na década de 1950 a tocar acordeão, “inspirado por Luiz Gonzaga, pelo som da rádio e pelas procissões à porta de casa no interior da Bahia, até que surge João Gilberto, a bossa nova, e também Dorival Caymmi, com as suas canções imbuídas de praia e do mundo litoral”, como descreveu a promotora IM.par.

Figura central do Tropicalismo, Gilberto Gil também foi ministro da Cultura entre 2003 e 2008, durante a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e é membro da Academia Brasileira de Letras desde 2021.