Além disso, reforçou a equipa colaboradores, para poder mais rapidamente responder às solicitações dos clientes, quer em loja, quer através dos meios digitais, anunciou hoje a Livraria Barata, em comunicado publicado na sua página das redes sociais.

Estas medidas visam ajudar a reverter a crise que a livraria atravessa, fruto do período de confinamento determinado pelo estado de emergência, que a deixou em risco de fechar.

Deste modo, a Barata procura dar resposta imediata ao aumento de procura que se verificou a partir do fim de semana passado, na sequência dos alertas feitos pela loja histórica da avenida de Roma, em Lisboa, para a sua grave situação financeira e a possibilidade de ter de encerrar definitivamente as portas.

“No seguimento da normalização da afluência de clientes, gerada pelo desconfinamento e pela atenção que tantas e tantas pessoas nos têm dedicado, preocupadas com a nossa permanência, informamos que vamos, também, começar a ‘desconfinar’ o espaço e o tempo da Livraria Barata”, anunciou a livraria num comunicado publicado nas redes sociais.

Assim, a partir de hoje, a Barata abre integralmente o espaço do seu piso principal, permitindo duplicar a entrada de clientes, de cinco para 10 pessoas ao mesmo tempo, e estende o horário de atendimento às segundas-feiras até às 19:00, não apenas até às 15:00, como sucedia até aqui.

Ou seja, a livraria passa a fazer o horário completo (das 11:00 às 19:00) de segunda-feira a sábado, e horário parcial (das 11:00 às 15:00) ao domingo.

“A nossa intenção é, progressivamente, retomar os horários e o usufruto da totalidade do espaço da Livraria”, alerta, salientando contudo que “todos os produtos estão disponíveis para os clientes, independentemente, da abertura do espaço”.

Na sequência da crise motivada pela pandemia de COVID-19, a Livraria Barata anunciou uma série de medidas para tentar impedir que o negócio morra, uma morte que tem vindo a ser anunciada, no geral, para o comércio de proximidade, com quebras sucessivas, desde há muitos anos.

“A Barata é disso um exemplo. Mas, apesar disso, neste tempo de pandemia e confinamento que vivemos, acreditámos, nós próprios, que manter a porta aberta era indispensável. Fizemo-lo com grande sacrifício de toda a equipa envolvida. E sacrifício financeiro”, revela a livraria, fundada em 1957, e que manteve a venda 'ao postigo', durante todo o período do estado de emergência.

A situação financeira da Barata é “complicada” e esta precisa de um “balão de oxigénio” imediato para poder, no imediato, manter-se a funcionar, e, no futuro, reativar o negócio, admite, no comunicado.

Para isso é necessário não só manter e angariar clientes, mas também obter um pacote financeiro, pelo que decidiu lançar uma campanha de ‘crowdfunding’ (angariação de donativos, através de uma plataforma na internet), para manter o negócio a funcionar e ganhar tempo para montar um plano de renovação.

Os detalhes dessa campanha ainda estão em preparação, mas quando forem apresentados, serão conhecidas as ações que a angariação vai suportar e as contrapartidas para os doadores.

Essas contrapartidas ainda estão em estudo, mas os responsáveis pela livraria querem que sejam encaradas pelos doadores como um “investimento” no futuro da Barata, que será também o dos seus clientes.

A livraria, que tem o 'selo' de Loja com História do município de Lisboa, afirma ainda que está a trabalhar em outras ações como a rentabilização do seu espaço para desenvolver atividades culturais, mas para isso precisa de investimento.

Outra das ideias que a Barata quer concretizar é o melhoramento do seu ‘site’, em particular do sistema de compra online.

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