A informação foi avançada hoje pela agência de coordenação judicial Eurojust, que corrobora revelações da polícia romena, segundo as quais estão em causa "obras de importância internacional e insubstituível", que incluem também um livro do século XVIII do pintor espanhol Francisco Goya.

Na sequência de uma ordem de investigação europeia, a polícia romena revistou uma casa em Neamt, um distrito romeno na região da Moldávia, onde encontrou dezenas de livros e manuscritos antigos que tinham sido roubados durante um assalto em 2017, no Reino Unido, perpetrado por um grupo organizado de cidadãos romenos, sublinhou a Eurojust num comunicado de imprensa.

Os livros, no valor de pelo menos dois milhões de euros, serão agora enviados para Itália para exame a fim de ser confirmada a sua autenticidade.

A investigação, conduzida a partir de Haia pelas agências europeias de coordenação judiciária Eurojust e Europol, contou com a cooperação, a partir de 2017, das autoridades judiciais e policiais do Reino Unido, Itália e Roménia.

Em janeiro de 2020, o chefe da organização e a pessoa que conhecia o paradeiro do saque, um cidadão romeno procurado pelas autoridades britânicas, foi preso na cidade italiana de Turim, o que permitiu os atuais avanços da operação europeia e a recuperação, no passado dia 16, dos livros antigos antes de serem postos à venda.

Os suspeitos de roubo encontram-se em prisão preventiva no Reino Unido: pelo menos 13 pessoas foram acusadas de roubo e conspiração, entre dezembro de 2016 e abril de 2019, das quais 12 se declararam culpadas e aguardam a sentença no final deste mês.