Os Scorpions andam há vários meses a celebrar os 50 anos de carreira e este sábado, 15 de julho, subiram ao palco do MEO Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia. O álbum “Return to Forever”, editado em fevereiro do ano passado, e os grandes clássicos não ficaram de fora de um alinhamento sem grande espaço para surpresas.

50 anos depois de se estrearem, os Scorpions continuam a conquistar milhares de fãs em todo o mundo. A prova disso foi um MEO Marés Vivas totalmente esgotado. E a banda alemã também continua a retribuir aos fãs portugueses, chegando a usar projeções da bandeira nacional como pano de fundo.

Veja na galeria as imagens dos concertos:

No palco, o grupo apresentou “Return to Forever”, que foi a base de toda a "festa de aniversário” no MEO Marés Vivas. Mas os grandes momentos do concerto deram-se ao som dos temas que marcaram a juventude dos festivaleiros mais velhos.

A viagem em velocidade de cruzeiro arrancou com "Going Out With a Bang", "Make it Real", "Bad Boys" e "The Zoo”. Seguiu-se “Coast to Coast”, “We Built This House” e um medley especial dos anos 1970. A meio do concerto, o ritmo abrandou e os corações baloiçaram em mais uma mixórdia de temas, que incluiu passagens por "Always Somewhere", "Eye of the Storm" e "Send Me an Angel", com os fãs a cantarem a uma só voz "Here I am/ In the land of the morning star".

Já "Wind of Change" foi o motivo perfeito para os casais trocarem juras de amor - ao típico assobio inicial, o público abraçou o tema e não mais o largou. Mas, como seria de esperar, "Still Loving You" foi a cereja no topo do bolo. As 25 mil pessoas que encheram o festival fizeram silêncio para depois soltarem a voz no refrão que pede uma nova oportunidade à cara metade.

A fechar, "Rock You Like a Huricane" garantiu mais um momento de euforia, fechando da melhor forma a festa dos 50 anos dos Scorpions no MEO Marés Vivas.

Durante todo o concerto, Rudolf Schenker provou que continua a ser o homem do leme da banda, mas os esforços para motivar a multidão nem sempre foram a bom porto - o momento alto foi quando atirou mais de uma mão cheia de baquetas para o público (uma tentativa de imitar os expositores que oferecem brindes aos festivaleiros?).

Apesar da entrega e do desfile de êxitos, os Scorpions não conseguiram surpreender no alinhamento - por isso mesmo, muitos fãs agradecem. Jogaram as cartas esperadas, sem rodeios e com oscilações de energia que foi recarregada só no final do concerto.

A "máquina" dos Amor Electro

O segundo dia do MEO Marés Vivas arrancou bem antes do concerto dos Scorpions, às cinco da tarde, com João Pequeno, no Palco Santa Casa. Já os Amor Electro abriram o palco principal. Durante uma hora, a banda liderada por Marisa Liz desfilou pelos principais temas do seus dois primeiros discos e apresentou algumas das canções do próximo.

Amor Electro

“Mar Salgado”, “Rosa Sangue” e “Amor Maior” foram alguns dos temas mais entoados pelo público, mas o grande clímax do concerto chegou em “Juntos Somos Mais Fortes”. Marisa Liz desafiou os espectadores a darem as mão às pessoa ao lado e a entrar na festa - a multidão aceitou e gritou os versos do tema, carimbando um dos momentos de maior ovação do segundo dia do festival.

A fechar, os Amor Electro ofereceram “A Máquina” e provaram que aos mais cépticos que estão preparados para subir a grandes palcos e animar multidões.

Marisa Liz, Tiago Pais Dias, Mauro Ramos, Ricardo Vasconcelos e Rui Rechena deram uma boa dose de diversão e a atitude aos festivaleiros, A festa continuou depois com os Lukas Graham, que aterraram no MEO Marés Vivas às nove menos vinte.

Apesar do arranque frio, a banda de Copenhaga conseguiu conquistar os festivaleiros ao longo do concerto. Com sorrisos na bagagem, os Lukas Graham, que se estrearam em Portugal em abril deste ano, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, apresentaram novamente aos fãs portugueses os sucessos dos dois álbuns, ambos intitulados “Lukas Graham”.

“7 years" e "Mama Said” foram as canções mais celebradas e entoadas pelo público, que registou os momentos com os smartphones, tal como manda a tradição. O vocalista Lukas Forchhammer conquistou todos com a boa disposição e, como sempre, despiu a t-shirt antes do adeus final ao MEO Marés Vivas.

Fim de noite com os Expensive Soul

O fim da festa do segundo dia ficou a cargo dos Expensive Soul, que durante mais de uma hora e meia revisitaram os principais sucessos da sua carreira de 18 anos.

"O Amor é Mágico", "Que Saudade", "Cúpido" e "13 Mulheres" foram alguns dos temas que não ficaram de fora do alinhamento recheado de canções que convidam a dançar.

O terceiro e último dia do MEO Marés Vivas decorre este domingo, 16 de julho. Sting é o cabeça de cartaz.