Dimitri Vegas e Like Mike não atuaram ontem devido a problemas de saúde, mas as dificuldades de última hora não cancelaram a festa, apenas a adiaram um pouco.

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Para quem decidiu rumar à Herdade da Casa Branca apenas no dia de receção ao campista, ou até mesmo hoje, “primeiro dia oficial” deste festival, a aventura adivinha-se bastante mais difícil começando pelo capítulo: “Onde colocar a tenda?”. O campismo está cheio e com cada vez mais estrangeiros: é-nos impossível calcorrear vinte passos sem ouvir alguém falar castelhano, alemão ou inglês.

Há, visivelmente, uma maior afluência à Costa Vicentina, e isso testemunhou-se na noite de ontem… afinal os primeiros DJs já ocuparam o seu lugar atrás das respetivas mesas de mistura e deram o pontapé de saída na viagem alucinante que, todos os anos, é o MEO SW.

Pedro Cazanova estreou o palco, um pouco mais tarde do que inicialmente previsto, para que os horários se encaixassem e permitissem que a música no recinto não se extinguisse até cerca das 4 da manhã. O DJ português trouxe um set que não desiludiu mas não trouxe nada de novo ao que já nos habituou e visitou artistas como Coldplay, Calvin Harris ou Sebastian Ingrosso.

E, se o ano passado, a comitiva da receção ao campista foi maioritariamente sueca, este ano, foi dominada pelos holandeses. A Pedro Cazanova, seguiu-se Jobke Heiblom, mais conhecido por Jay Hardway, o jovem neerlandês de 23 anos que, juntamente com Martin Garrix, foi responsável por temas como “Error 404” ou “Wizard”. A dupla trouxe, segundo a organização, mais 10 mil pessoas que Avicii e Alesso haviam trazido, na última edição do festival.

Quando Hardway subiu ao palco, a energia no ar era palpável. E o DJ ficou surpreso e satisfeito com as 30 mil pessoas que preenchiam o espaço relvado à sua frente e cantavam e trauteavam, ininterruptamente, entre passos de dança e quedas aparatosas. Assim se manteve o ambiente até Martin Garrix tomar o seu lugar na mesa de mistura, pouco depois da 1h30. Incansável, o jovem holandês que, curiosamente é tão velho quanto o festival, interagiu com o público como nunca havíamos testemunhado nenhum DJ fazer. Conversou, falou, pediu que gritassem, que cantassem, entregou solos atrás de solos ao público e desfez-se em elogios. E, como já habituaram os fãs, a dupla de djs holandeses juntou-se no palco. “Façam barulho para o Jay Hardway!”. Gritos e mais gritos e foi mesmo com a dupla “laranja” que os festivaleiros passaram parte da madrugada da fria e húmida noite alentejana. Fogo, loucura e muitas vozes afinadas que imitavam batuques e instrumentos quando as passagens dos DJs não tinham letra.

Poucas horas depois da atuação, Martin Garrix acabou por publicar uma foto sua com a legenda: “Muito obrigado, MEO SW, por me terem relembrado o porquê de eu gostar tanto de Portugal. Obrigado”. A festa continua já hoje e arriscamos dizer que mais artistas sairão daqui com vontade de regressar. Mais logo, Miguel Araújo, Tom Odell, John Newman, Ellie Goulding e Hardwell sobem ao palco MEO SW.