A responsável governamental explicou, à margem da visita que fez hoje à Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madrid (ARCOmadrid), que “está a ser desenvolvido um programa” que será apresentado “previsivelmente daqui a um mês”, para responder à necessidade de “colocar a Cultura nas escolas”.

Para Graça Fonseca é “fundamental” trazer os mais novos para os museus, para o teatro, para a dança, para o cinema, e por aí adiante. “Começar hoje a preparar os mais novos para a Cultura do futuro”, resumiu a responsável governamental.

Graça Fonseca insistiu na necessidade de o país começar “a construir hoje os públicos do futuro”.

A ministra da Cultura considera que o Plano Nacional das Artes é uma das duas “apostas fundamentais estratégicas” do país nesta área, sendo a segunda a internacionalização da Cultura portuguesa.

Graça Fonseca destacou o papel da ARCOmadrid e da ARCOlisboa como plataformas, uma de projeção para fora da Cultura portuguesa, e a outra na dinâmica de trazer turismo cultural para o país.

O Governo aprovou no início de fevereiro as linhas orientadoras do novo Plano Nacional das Artes, criando uma “comissão de execução” com um horizonte temporal até 2029.

De acordo com o executivo, a comissão de execução do Plano Nacional das Artes tem “por missão a sua elaboração e acompanhamento, organizando, promovendo e executando, de forma articulada, a oferta cultural para a comunidade educativa, em parceria com entidades públicas e privadas”.

O plano terá de acautelar a articulação, a potenciação e a expansão da oferta cultural para a comunidade educativa, em parceria com entidades públicas e privadas.

Pretende-se melhorar a oferta educativa já existente, como é o caso do Plano Nacional de Leitura, do Plano Nacional de Cinema, do Programa de Educação Estética e Artística, do Programa Rede de Bibliotecas Escolares e da Rede Portuguesa de Museus.

Estimular a aproximação dos cidadãos às artes, proporcionar diversidade de experiências artísticas, fomentar a colaboração entre artistas, educadores, professores e alunos, para desenhar novas estratégias de ensino e aprendizagem, e alargar o âmbito das competências facultadas pelas escolas, abrindo-as à comunidade, são outros dos objetivos propostos para este novo plano das artes.

O Plano Nacional das Artes consta das Grandes Opções do Plano (GOP) do atual Governo desde 2017, repetindo-se a intenção de criar tal projeto em 2018, em articulação com os demais planos de Leitura e do Cinema.

Em setembro de 2017, aquando da divulgação das GOP para 2018, o Governo indicava que “continuará o seu trabalho olhando a cultura e a arte como fatores de inclusão social e de criação de emprego, investindo na criação de projetos de incentivo à inovação e coesão social”.

Um ano depois, as GOP para 2019 repetiam a orientação para a “prossecução de um plano integrado de agregação do acesso dos cidadãos a todas as expressões artísticas” intitulado Plano Nacional das Artes.