A escritora morreu em casa, não tendo sido divulgada a causa da morte.
Marina Colasanti nasceu na Eritreia em 1937, viveu na Líbia e em Itália até ter emigrado com a família em 1948 para o Rio de Janeiro, no Brasil, onde permaneceu até à atualidade.
Formada em Artes Plásticas – numa prática que retomaria mais tarde como ilustradora -, Marina Colasanti começou no jornalismo, foi tradutora, trabalhou em publicidade e fez a estreia literária em 1968, publicando “Eu sozinha”.
“Autora de mais de 70 obras para crianças e adultos, Marina Colasanti construiu uma trajetória diversificada na literatura brasileira, sendo reconhecida pela sua sensibilidade e inovação”, escreveu o Ministério da Cultura do Brasil numa nota de pesar.
Marina Colasanti, que participou várias vezes em iniciativas e encontros literários em Portugal, em particular dedicados à literatura infantojuvenil, publicou, entre outros, "Entre a espada e a rosa", "Ofélia, a ovelha" e “Breve história de um pequeno amor”.
“Os seus livros, que incluem poesia, contos e literatura infanto-juvenil, também foram marcados pela sua própria arte como ilustradora, ampliando o alcance e a beleza das suas narrativas”, sublinhou o ministério brasileiro da Cultura.
A escritora está entre as mais premiadas das letras brasileiras tendo conquistado sete vezes o prémio Jabuti e também o Prémio Machado de Assis, atribuído pela Academia Brasileira de Letras, pelo percurso literário.
Nas redes sociais, a Academia Brasileira de Letras lamentou a morte de Marina Colasanti, considerando-a uma “escritora brilhante” que deixou “um legado inesquecível para a literatura e a cultura brasileiras”.
Em 2017, venceu o Prémio Iberoamericano SM de Literatura Infantil e Juvenil, na Feira do Livro de Guadalajara, no México, e em 2024 foi finalista do prémio literário Hans Christian Andersen.
Marina Colasanti, que foi casada com o escritor Affonso Romano de Sant’Anna, viu alguma da sua obra publicada em Portugal, em particular nos anos 1980. Mais recentemente, em 2023, a Tinta-da-China editou o livro de contos “Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento”.
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