Segundo a mesma fonte, José Alberto Oliveira, médico de formação, poeta e tradutor, encontrava-se já internado há algum tempo, acabando por desenvolver uma septicemia que conduziu à sua morte.
O velório terá lugar na Capela Mortuária da Igreja de Fátima, em Lisboa, a partir das 11h00 de terça-feira, e o funeral sairá às 9h00 do dia seguinte para o Cemitério dos Olivais, onde o corpo será cremado, acrescentou a editora.
Nascido em 1952 em Souto da Casa, no Fundão, José Alberto Oliveira era médico cardiologista e publicou pela primeira vez no “Anuário de poesia de autores não publicados” da Assírio & Alvim, em 1984.
O seu primeiro livro de poesia, “Por alguns dias”, surgiu em 1992 e “surpreendeu pelo seu lirismo discreto e pela diversidade temática de aproximação a aspetos do quotidiano, onde além disso são notórias as influências da poesia inglesa”.
Publicou praticamente toda a sua obra poética na Assírio & Alvim, nomeadamente os livros “O que vai acontecer?”, “Peças desirmanadas e outra mobília”, “Mais tarde”, “Bestiário”, "Nada tão importante que não possa ser dito”, “Tentativa e erro”, “Como se nada fosse”, “De passagem” e “Rectificação da linha geral”.
José Alberto Oliveira também traduziu alguns dos mais importantes autores, para a Assírio & Alvim, como W.H. Auden, Russel Edson, Frank O’Hara, Edgar Allan Poe, Li Shang-yin, Charles Simic e Mark Twain, entre muitos outros, e foi um dos principais colaboradores do livro “Rosa do Mundo — 2001 poemas para o futuro”.
A editora destaca a relação de amizade que tinha com o poeta, uma “presença assídua” que “aconselhou a publicação de inúmeros livros, colaborou na revista A Phala, partilhou leituras, opiniões e críticas”.
“Foi um dos grandes responsáveis pela afirmação da editora no panorama literário português e a sua falta será profundamente sentida”, concluiu a Assírio & Alvim.
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