“O que acontece, quando temos uma certa idade, é que estamos a ser empurrados para o silêncio, para o não fazer”, afirmou Vidiadhar Naipaul, considerando que “a forma de o evitar é continuar a escrever mais e mais”.

Uma necessidade que o escritor agraciado, em 2001, com o Prémio Nobel da Literatura, disse “sentir cada vez mais”, sublinhando a ideia de que encara a escrita como “uma missão” para a qual acredita “estar destinado”.

Com mais de meio século de carreira e 30 obras publicadas, o escritor considera que “um dos grandes mistérios da escrita é [para o escritor] encontrar o assunto”, que no seu caso tem resultado em livros nos quais admite ter a preocupação de “tornar o mundo mais simples”.

O escritor que não gosta de dar entrevistas participou hoje na última mesa de autores do primeiro dia do Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos, onde esteve durante hora e meia à conversa com José Mário Silva e com o público que encheu a tenda dos autores.

O festival, que abriu portas esta quinta-feira, 22 de setembro, em Óbidos, celebra, na sua segunda edição, os 500 anos da ‘Utopia’ de Thomas More, o Ano Internacional do Entendimento Global, o centenário do nascimento de Vergílio Ferreira, os 500 anos da morte do pintor Hieronymus Bosch e os 400 da morte dos clássicos William Shakespeare e Miguel de Cervantes.

Na sexta-feira (23) as mesas porão em destaque os autores lusófonos que protagonizam duas das quatro conversas do dia.

Joana Gorjão Henriques, Conceição Evaristo e José Sousa Jamba falam sobre racismo e a utopia lusotropicalista. Djaimilia Pereira de Almeida, Miguel Gullander e Isabela Figueiredo sobre autoficção e memórias de Africa.

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