O artista plástico Julião Sarmento, um dos mais internacionais artistas portugueses, morreu hoje, em Lisboa, aos 72 anos.

Numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa apresenta "sentidas condolências" à família de Julião Sarmento, que descreve como "um dos mais talentosos, produtivos e generosos artistas portugueses das últimas décadas".

"Dele lembraremos a modernidade provocante das sucessivas séries, muitas delas à volta da figura feminina, da palavra literária ou do cinema; o seu alinhamento com o novo e o vibrante; a sua presença ímpar no nosso tempo e no nosso imaginário, que nos ajudou a ser deste tempo e a imaginá-lo", afirma o chefe de Estado.

Julião Sarmento: Retrospectiva no Museu de  Serralves

Nesta nota de pesar, refere-se que, "vindo da Escola de Belas-Artes, Julião Sarmento trabalhou na Secretaria de Estado da Cultura logo após a Revolução, contribuindo para a reconfiguração das práticas artísticas em Portugal, e foi um dos nomes escolhidos por Ernesto de Sousa para uma exposição que fez época, a Alternativa Zero, em 1977".

"Por essa altura, já usava os mais diversos registos, sobretudo a pintura, o desenho e o vídeo, e já estava atentíssimo ao contemporâneo, a correntes, conceitos, cruzamentos, modos de produção e difusão. Nas décadas seguintes, tornar-se-ia o mais internacional dos artistas portugueses", lê-se na mensagem.

No texto, destaca-se que Julião Sarmento expôs "em galerias e museus europeus, americanos, japoneses" e participou "participando nas Bienais de Veneza e de São Paulo e na Documenta de Kassel".

"Também se notabilizou como colecionador e curador, deixando um importante acervo que emprestou à cidade de Lisboa e será exposto em breve, e dando provas de abertura e entusiasmo, nomeadamente com as gerações mais jovens", acrescenta-se.

Autor de uma obra multifacetada, Julião Sarmento representou Portugal na Bienal de Arte de Veneza em 1997 e foi alvo de uma exposição pela Tate Modern, em Londres, em 2011.

Em 2012, o Museu de Serralves, no Porto, organizou a mais completa retrospetiva até hoje realizada do seu trabalho, uma obra que mereceu também o reconhecimento com a atribuição do Prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA).

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