A cantora e atriz Régine, rainha da noite de Paris durante décadas, com casas noturnas na França e no exterior, faleceu este domingo aos 92 anos.

"Régine deixou-nos tranquilamente neste 1º de maio às 11H00" (10H00 de Lisboa), anunciou a sua neta, Daphné Rotcajg.

"A rainha da noite parte: encerra uma longa e grande carreira", escreveu o humorista Pierre Palmade, amigo íntimo de Régine, num comunicado divulgado a pedido da família.

"Foi uma grande honra poder despedir-me dela", acrescentou, antes de destacar que "durante mais de 30 anos ela fez estrelas de todo o mundo dançarem nas suas casas noturnas".

O cantor francês Renaud, que escreveu várias canções para Régine, considerava-a a última representante histórica da canção francesa, conhecida sobretudo por "La grande Zoa", "Azzurro", "Les p'tits papiers" ou "Patchouli Chinchilla".

Ela foi proprietária pelo menos de 22 discotecas com o seu nome em todo o mundo, começando pela lendária "Chez Régine", em Paris.

Também teve casas noturnas em Nova Iorque, Miami, Rio de Janeiro e Los Angeles.

O nome virou "símbolo das noites selvagens até de madrugada, com ela a dançar na pista até à hora de fecho", recorda Pierre Palmade no seu texto.

Régina Zylbergerg nasceu a 26 de dezembro de 1929 em Anderlecht (Bélgica) de pais judeus polacos.

Em 1941, em Aix-en-Provence, sul da França, ela escapou da deportação graças a franceses não judeus.

Também trabalhou no cinema, em filmes como "Jeu de massacres/Uma Aventura a Quatro", de Alain Jessua (1967), "Robert e Robert", de Claude Lelouch (1978), e "Les ripoux/Agarra Que é Polícia", de Claude Zidi (1984).