“O ano passado foi um sucesso e este ano apresentamos 29 artistas, mas só repetimos metade, os outros são novidade”, afirmaram à agência Lusa as organizadoras do Open Studios Faro 2020.
Para Toma Svazaite e Daniela Garcia, na primeira edição houve a necessidade de um “trabalho mais ativo para captar participantes” mas este ano já sentiram que os artistas “contactaram diretamente a organização” e há “visitas dirigidas às escolas secundárias”.
Os estúdios espalham-se um pouco por toda a cidade, chegando mesmo aos seus limites com destaque para o estúdio barco, um atelier flutuante instalado em plena Ria Formosa cuja visita é possível, mediante marcação prévia e uma pequena viagem de barco.
Ao todo, são 16 espaços que abrem as portas durante os três dias e onde participam artistas “de várias áreas” com maior incidência nas artes visuais, mas com “apontamentos performativos, arquitetura, tatuagens, fotografia, joalharia, multimédia ou escultura”, sublinharam.
A intenção do evento é abrir espaços habitualmente vedados ao público, como as antigas carpintarias da Câmara de Faro, junto ao Museu Municipal, que vão servir de base à exposição “Blindfold Sessions – Dialogue at the Infinity”, elaborada em conjunto por Filipe Paixão e Gustavo Jesus, cuja inauguração, às 18:30 de hoje, marca o início da programação.
Dois artistas não residentes na cidade “escolheram montar um estúdio improvisado” para “recriar o seu atelier” e “receber o público”. Um estará localizado no Largo da Madalena e outro na Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM).
O convite é para que o público crie o seu próprio roteiro, mas é possível realizar uma visita guiada, no sábado às 10:00, intermediada pela professora universitária Miriam Tavares.
O Pop Up Gallery é um espaço que surgiu no seguimento da primeira edição do Open Studios, servindo de base à organização dando “continuidade ao trabalho que aí se iniciou”. Proporciona também “espaço para os artistas trabalharem”, podendo ser observados pelo público. Vai acolher duas exposições durante o evento.
As questões do estado da arte também não são esquecidas, com um debate em torno da (sobre)vivência cultural em tempo de pandemia e o desenvolvimento da cultura em contingência, juntando no sábado às 18:00 no Gimnásio Clube de Faro, diversas experiências e perspetivas.
Para domingo está marcada uma intervenção de rua da artista Inês Barradas com a participação do público e a elaboração de uma tela que “funde a pixel-arte com elementos encontrados nos tapetes de Arraiolos”.
O evento encerra no domingo com o concerto do projeto portuense META, na ARCM e que servirá como “mais um dos momentos de convívio entre os artistas” e onde poderão “partilhar algumas das suas experiências”, adiantaram.
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