Depois de tocar na Sala Suggia da Casa da Música, pelas 21:00, o agrupamento formado em 2013 continua a homenagear um dos fundadores, o oboísta Samuel Bastos, com um concerto na sexta-feira no Mosteiro de S. Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto, com entrada livre.

Segue-se, no sábado, o Quartel das Artes Dr. Alípio Sol, em Oliveira do Bairro, terminando a digressão em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, pelas 17:00.

Com direção musical de Dinis Sousa, a Orquestra XXI arranca o programa com uma peça portuguesa, “Tua Lágrima em Mim”, que Ana Seara, Jovem Compositora Residente da Casa da Música em 2014, compôs em 2009, antes do Concerto de Chostakovitch.

De 1959, o primeiro de dois concertos para violoncelo do russo é considerado um dos mais exigentes para este instrumento, tendo sido escrito para o violoncelista e amigo do compositor Mstislav Rostropovich, que a estreou com a Filarmónica de Leninegrado quatro dias depois de o receber.

O programa encerra com a Quarta Sinfonia, a última, de Johannes Brahms, estreada em 1885 e uma das peças mais reconhecidas deste período, tendo sido escrita um ano após terminar a Terceira.

Ao lado da Orquestra XXI, um grupo formado “fruto da vontade de reunir o crescente número de músicos portugueses residentes no estrangeiro”, estará Gomziakov, que desde 2010 tem atuado com orquestras de vários países, da Orquestra de Avignon à Nova Filarmónica do Japão, Orquestra de Câmara de Londres ou a Orquestra Nacional Russa.

Em 2009, foi nomeado para um Grammy por disco sobre Chopin em que colaborou com a pianista portuguesa Maria João Pires, que deu origem a uma digressão que passou por vários países.

Em 2016, gravou Concertos para violoncelo de Haydn com a Orquestra Gulbenkian, em que tocou o Violoncelo Stradivarius-Chevillard–Rei de Portugal (1725), classificado como tesouro nacional.

Em 2018, dirigiu a Orquestra Metropolitana de Lisboa num concerto em que interpretou Haydn, Boccherini e Rossini, tocando um violoncelo de 1703, construído antes de Bach e que classificou como “uma peça fantástica com um som extraordinário”.