“Dados os desafios extraordinários criados pelo novo coronavírus, a Netflix decidiu começar a reduzir as taxas de bits [o fluxo de transferência] em todos os nossos serviços de streaming na Europa por 30 dias”, indica uma nota de imprensa divulgada pela Comissão Europeia.
A medida, adotada um dia depois de o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, ter conversado com o presidente executivo da plataforma, Reed Hastings, implica que “a Netflix reduza o seu tráfego na Europa em cerca de 25%, garantindo ao mesmo tempo um serviço de boa qualidade para os seus clientes”.
“Congratulo-me com a ação rápida da Netflix para preservar o bom funcionamento da internet durante a crise do COVID-19, mantendo uma boa experiência para os utilizadores”, refere Thierry Breton no mesmo comunicado, destacando o “forte sentido de responsabilidade e de solidariedade” de Reed Hastings.
Na quarta-feira, a Comissão Europeia pediu à Netflix e outras plataformas de streaming para adaptarem os serviços ao aumento da procura em altura de isolamento social pelo surto de COVID-19, pedindo ainda às operadoras para evitar congestionamento da internet.
“As plataformas de streaming, as operadoras de telecomunicações e os utilizadores têm uma responsabilidade conjunta em adotar medidas para garantir o bom funcionamento da internet durante a batalha contra a propagação do novo coronavírus”, vincou Thierry Breton na nota divulgada nesse dia.
Devido à pandemia, foram vários os Estados-membros da União Europeia (UE) que adotaram medidas para promover o isolamento social, tentando assim conter o surto.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.
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