“Embora não esteja a situação resolvida no todo - o nosso apelo passava por termos 4.000 madrinhas ou padrinhos, tendo como ponto de partida um cálculo de dez euros por pessoa - a ajuda tem sido substancialmente superior a esse valor”, afirmou Sandra Dias, explicando que as contribuições “têm permitido fazer face a algumas necessidades mais prementes, como o pagamento de salários em atraso e impostos”.

Segundo a diretora, gradualmente estão a ser conseguidas “contribuições para a continuidade do canal, embora o valor total das despesas mensais seja de 50 mil euros”.

“Parece que estamos no bom caminho, mas neste momento ainda só atingimos os 20 mil euros”, continuou.

Em 26 de março, a Lusa noticiou que a Angelus TV poderia encerrar as emissões no dia 15 de abril se não conseguisse encontrar financiamento.

Na ocasião, a diretora do canal explicou que o projeto, iniciado a 02 de maio de 2017, teve como base ser suportado pela publicidade, mas foram encontrando "barreiras" à sua contratação por serem um canal católico.

"Muitos empresários não querem associar o seu produto a um canal católico, com receio de estarem a limitar os clientes. Esquecem-se que o católico também come, compra casa e tem as mesmas necessidades que qualquer pessoa", salientou a responsável então.

Sandra Dias adiantou que, sendo um canal de inspiração cristã, foi "bater às portas das 4.397 paróquias de Portugal", pedindo apoio e divulgação, mas sem respostas ou com muitas negativas, procurou ajuda junto das congregações.

"As respostas foram idênticas, ao referirem que não tinham condições e que já tinham os seus apoios atribuídos", explicou.

Revelando que a Angelus TV recebeu apoios "pontuais" da Igreja Católica, Sandra Dias afirmou que a sustentabilidade do canal só é possível se conseguir, pelo menos, 30 mil euros mensais.

Hoje, a diretora da Angelus TV assinalou que ainda não passou um mês sobre o apelo do canal, informando que “continuam a chegar constantemente telefonemas de pessoas a quererem ajudar, a quererem fazer uma ajuda extra para permitir a manutenção do canal”.

“Por respeito a esse cuidado das pessoas, porque lhe fazemos companhia, queremos continuar. Se até aqui não tínhamos retorno financeiro e fomos aguentando, mais nos dá a responsabilidade de continuar a lutar agora com o apoio que temos tido”, adiantou.

Sandra Dias esclareceu que o dia 15 de abril [domingo] “era o limite”, dado que havia “prazos a terminar e contas a pagar”.

“Conseguimos colmatá-los e queremos continuar a fazer este trabalho”, declarou.

O canal está disponível nos operadores MEO, Vodafone e NOS.