O primeiro programa da série Contacto, que tem várias edições pelo mundo, foi para o ar a 17 de outubro de 1993 nos Estados Unidos. Quase em simultâneo, estreou a edição da África do Sul.

"Depois de aparecer a RTP Internacional, que emitia de Lisboa para o mundo, as comunidades começaram a ter vontade de fazer parte da grelha. Queriam, ao mesmo tempo, rever-se na programação do canal e mostrar aos portugueses de Portugal o que faziam os portugueses espalhados pelo mundo", explicou a produtora do programa Contacto Nova Jérsia, Clarisse Frias.

O programa é transmitido na RTP Internacional, mas todas as edições são produzidas por produtoras locais independentes.

A responsável pela edição de Nova Jérsia disse que o programa "foi sempre uma ideia difícil, devido à necessidade constituir várias equipas espalhadas pelo mundo".

"Debateu-se o projeto durante anos, mas, em 2003, o diretor de programas, José Fragoso, decidiu avançar com o projeto. Revelou-se logo um sucesso", diz Clarisse Frias à agência Lusa.

O primeiro programa foi sobre a comunidade portuguesa de Newark, no estado de Nova Jérsia, e mostrou a Ferry Street, conhecida por Avenida Portugal, algumas associações e iniciou a tradição de contar, em todos os programas, histórias de vida dos portugueses residentes no estrangeiro.

"O impacto foi tão grande que, passado algum tempo, passaram a existir 14 edições do Contacto em todo o mundo", explicou Clarisse Frias, sublinhando que o Magazine EUA Contacto acabou por ser desdobrado em três programas independentes: um para Nova Jérsia, outro para Nova Inglaterra e outro para a Califórnia.

"De repente, tínhamos dezenas de chamadas no escritório. Todos nos pediam para irmos conhecer a sua associação, divulgar um evento. Diziam-nos que histórias tínhamos de contar, quem tinha um percurso de vida que merecia mais atenção", acrescentou.

Passados 10 anos, foram transmitidos 237 programas. Em cada um deles, foi contada pelo menos uma história de vida. "Já contámos a história de mais de 250 pessoas", garantiu a produtora.

Em 2011, o programa esteve para acabar devido aos cortes orçamentais no canal público. As 14 edições internacionais foram reduzidas a 12 e os programas, que eram semanais, passaram a ser quinzenais e depois mensais.

No sábado, o programa reúne representantes de associações, funcionários, patrocinadores e antigos entrevistados num jantar em Newark, "para agradecer o seu contributo durante esta década de história."

"Depois da crise, em 2011, todos dizem que há vontade para continuar. Mais do que isso, passou a reconhecer-se a necessidade de reforçar a informação sobre as comunidades, mesmo que no quadro de contenção orçamental que existe", garantiu Clarisse Frias.

@Lusa

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