O estudo, levado a cabo pela empresa americana de estudos de mercado C4 e divulgado pela Variety, revelou que 48% dos espectadores pagariam mais um dólar por bilhete se isso significasse terem medidas de segurança adicionais na sala de cinema, como instalar detetores de metais e ter no local seguranças armados.

A percentagem de inquiridos dispostos a pagar por medidas adicionais de segurança desce à medida que o preço do bilhete aumenta. Apenas 23% dos espectadores que responderam ao inquérito pagariam dois dólares mais por bilhete.

O estudo é divulgado depois de dois recentes tiroteios no interior de salas de cinema nos Estados Unidos: a 23 de julho, durante a exibição de "Descarrilada" em Lafayette, e a 5 de agosto, em Nashville, durante uma sessão de "Mad Max: Estrada da Fúria".

Os dois incidentes aconteceram quase dois anos depois de um tiroteio em Aurora, durante a exibição de "O Cavaleiro das Trevas Renasce", que causou a morte a 12 pessoas.

O estudo foi levado a cabo por duas vezes, depois do tiroteio de 23 de julho e depois do ataque de 5 de agosto. Apenas 13% dos inquiridos admitiram pagar mais três dólares por bilhete no primeiro inquérito mas o número subiu para os 19% no segundo questionário.

"Os espectadores estão a dizer-nos que começam a valorizar a segurança, na mesma medida em que valorizam ver um filme em IMAX ou 3D, casos em que reconhecem que é preciso pagar mais por uma melhor experiência", explicou à Variety Ben Spergel, o vice-presidente da empresa de estudos de mercado.

Apesar do crescente receio, apenas 9% dos inquiridos disseram que os tiroteios fariam com que pensassem duas vezes antes de decidirem ir ao cinema.

O inquérito foi feito a 500 espectadores de cinema americanos nos dias 5 e 6 de agosto e tem uma margem de erro de 5 a 6%.