Numa mensagem na página da Presidência da República, em que apresenta as condolências à família do cineasta e escritor, Marcelo Rebelo de Sousa diz que "é provável que António de Macedo seja sobretudo conhecido como uma personalidade que continuadamente defendeu um cinema de grande público e que dirigiu filmes-sensação como 'As Horas de Maria' ou 'Os Abismos da Meia-Noite'".
"Mas a sua carreira não pode ser entendida sem lembrarmos a sua participação no movimento do Cinema Novo (nomeadamente com as longas-metragens que assinou entre 'Domingo à Tarde', de 1965, e 'A Promessa', de 1972) e a sua empenhada intervenção enquanto fundador de cooperativas cinematográficas", refere o chefe de Estado.
A par com uma obra multifacetada no cinema e filmes para televisão, a nota da Presidência da República destaca a obra como romancista, contista, dramaturgo e ensaísta, e os estudos em áreas como a religião comparada, o esoterismo e a filosofia.
"Além de tudo isto, que é muito, António de Macedo será também recordado como um dos maiores ativistas da ficção científica em Portugal, animando coleções, encontros, antologias, e inspirando os fãs portugueses da ficção científica e do fantástico, nomeadamente os criadores de festivais como o Fantasporto e o MOTELx", refere ainda a mensagem do Presidente.
O realizador de cinema António de Macedo morreu ao início da tarde, no Hospital de Santa Marta, em Lisboa, anunciou a família em comunicado enviado à agência Lusa.
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