As palavras de Matt Damon pesaram na decisão de Ben Affleck de desistir de ser Batman.

O ator já tinha recordado a rodagem como "o ponto mais baixo" da sua carreira numa entrevista recente ao jornal Los Angeles Times "por causa de uma confluência de coisas: a minha própria vida, o meu divórcio, estar muito longe [de casa], as agendas concorrentes e depois a tragédia pessoal de Zack [Snyder, o realizador, que abandonou a rodagem após a morte da filha] e a refilmagem [com o realizador Joss Whedon, acusado de comportamentos abusivos por Gal Gadot (Mulher-Maravilha) e Ray Fisher (Cyborg)]. Foi simplesmente a pior experiência. Foi horrível. Era tudo o que eu não gostava sobre isto [a indústria do cinema]".

Ben Affleck voltou a falar da experiência numa entrevista da revista Entertainment Weekly feita em jeito de conversa pelo Matt Damon, seu amigo desde os oito anos.

"Tive realmente uma experiência péssima à volta de 'Liga da Justiça' por várias razões. Não estou a culpar ninguém, aconteceram muitas coisas. Mas o que foi realmente é que eu não estava feliz. Não gostava de estar lá. Não achei que fosse interessante. E depois aconteceram algumas coisas mesmo horríveis. Mas foi quando pensei 'não vou mais fazer isto'", explicou.

A seguir, o ator destaca publicamente que foram as conversas com Matt Damon que o ajudaram a perceber que estava na altura de mudar as prioridades, o que levou a que voltassem a trabalhar juntos como argumentistas e atores em "O Último Duelo", mais de 20 anos depois de "O Bom Rebelde".

"Na verdade, falei contigo sobre isso e foste uma das principais influências nessa decisão. Quero fazer coisas que me tragam prazer. Então, fomos fazer 'O Último Duelo' e diverti-me todos os dias nesse filme. Não era a estrela, não era simpático [a personagem]. Era um vilão. Eu não era todas as coisas que pensava que era suposto ser quando comecei [a carreira] e mesmo assim foi uma experiência maravilhosa" recordou.