O projeto aprovado aumenta de 330 milhões para 750 milhões de dólares os recursos destinados ao setor, numa tentativa de travar a fuga de produções cinematográficas e televisivas, que trocaram o estado por destinos financeiramente mais atrativos.

O governador Gavin Newsom, favorável à ampliação, deverá promulgar o projeto e transformá-lo em lei. A Coligação de Sindicatos do Entretenimento, que fez campanha para trazer de volta e proteger os empregos da indústria na Califórnia, elogiou o anúncio, num comunicado enviado à AFP.

"A ampliação do financiamento do nosso programa é um lembrete importante da força e resiliência dos nossos membros, do poder da nossa ampla coligação sindical e do papel que a nossa indústria desempenha no apoio à economia do nosso estado", afirmou Rebecca Rhine, presidente da Coligação e diretora executiva do sindicato de realizadores.

A Coligação apelou aos estúdios para que voltem a "comprometer-se com as comunidades e os trabalhadores de todo o estado que construíram esta indústria e as suas empresas".

Hollywood enfrenta uma década difícil. A pandemia de Covid-19 paralisou totalmente a indústria, o que constituiu um duro golpe para o setor. A popularização das plataformas de streaming impulsionou os estúdios, mas, com o fim da guerra do streaming e as greves de argumentistas e atores em 2023, Hollywood voltou a sofrer.

Muitas das grandes produções de cinema e televisão são atualmente filmadas fora da Califórnia. Entre os destinos populares com custos de produção mais baixos e maiores incentivos fiscais estão o estado da Geórgia e o vizinho Novo México.

Menos de um em cada cinco filmes ou séries de televisão exibidos nos Estados Unidos foi produzido na Califórnia, segundo a organização FilmLA, que estuda o setor.