Numa entrevista em que faz o balanço de uma carreira de primeiro plano em Hollywood com 25 anos, Charlize Theron reconhece que nunca teve a fama de alguém como Kim Kardashian e que o o seu poder enquanto estrela de cinema perdeu cotação.

"Sinto que estou num lugar em que é o que é. Acho que trabalhar mais não vai mudar o meu nível de fama. Sempre foi um percurso medíocre. Nunca fui uma dessas pessoas que está ao nível de uma Kim Kardashian. Mas sinto que foi sempre assim", revelou numa entrevista à revista Harper's Bazzar.

Não só a fama nunca foi estratosférica, como a atriz, atualmente com 47 anos, reconhece que o seu poder de estrela já não é o que era: "Antigamente, costumava ser 'queres ter alguma desta fama para conseguires ir fazer a m**** que realmente queres fazer'. Mas agora é do género, proponho m**** o dia todo e as pessoas respondem 'Não, obrigado'". Eu fico, 'Suponho que já não tenho cotação no banco'".

"E isso é bom. É bom estar a fazer coisas baseadas no mérito em vez dessa ideia do género 'És esta coisa e nós queremos fazer negócio com essa coisa", acrescentou.

Nesta fase da carreira, a atriz está cada vez mais focada no trabalho como produtora, que vai desde a série "Mindhunter" aos filmes "Bombshell: O Escândalo" e "A Velha Guarda", em que a sequela está em preparação.

Uma faceta que "consome muito tempo", mas que lhe permite corrigir alguns problemas sistémicos na indústria ao "criar ambientes que se pareçam com o que gostaria de ter tido quando comecei há 30 anos".

E tudo começou com "Monster" (2003), que viria a render-lhe o Óscar de Melhor de Melhor Atriz: Theron revelou que criou a produtora Denver & Delilah com a intenção de proteger a visão que a realizadora Patty Jenkins tinha para a história da assassina em série Aileen Wuornos e o seu próprio guarda-roupa e caracterização... depois de sentir que alguns dos financiadores estavam mais interessados num "filme lésbico sexy comigo e a Christina Ricci".