A 27.ª edição do CineEco - Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que vai decorrer em Seia, de 9 a 16 de outubro, inclui instalações interativas, antestreias nacionais, ‘ecotalks’, concertos, palestras e exposições.

Segundo a direção do festival, que apresentou o evento na quinta-feira à noite, na Casa Municipal da Cultura de Seia, o programa inclui a realização de cinco ‘ecotalks’ sobre temáticas atuais associadas ao cinema e ao ambiente.

As ‘ecotalks’ realizam-se nos dias 10, 11, 12, 14 e 15 de outubro, com a participação de nomes como Christiane Torloni (atriz brasileira e realizadora do filme “Amazónia, o Despertar da Florestania”), Chico Guariba (diretor da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental de São Paulo), Jorge Pelicano (cineasta e repórter de imagem) Diogo Reffóios (nómada digital), Joana Sá (pianista, improvisadora e compositora) e Cristina Branquinho (professora de Ecologia e investigadora), entre outros.

Durante o festival haverá antestreias nacionais de três filmes, estando já confirmado o documentário “La Croisade”, do realizador e ator Louis Garrel.

A 27.ª edição do CineEco, que abre com um concerto da banda Anaquim, contará, ainda, com múltiplas atividades paralelas, sendo que logo no primeiro dia será exibido o documentário “O Lago Sagrado, Uma viagem por uma estrada profunda e gelada”, com a presença da realizadora Carla Varanda e do fotógrafo Mário Lisboa.

No dia 13 de outubro, Dörte Schneider, especialista certificada em matéria de educação e sensibilização para uma produção mais verde, fará uma palestra sobre “Green Shotting” com o objetivo de “sensibilizar e informar o setor audiovisual para a adoção de práticas ambientais sustentáveis e promoção dos mesmos como agentes de mudança para integração de modelos de produção mais verdes”.

De 09 de outubro a 30 de novembro estará patente no ‘Foyer Auditório’ a mostra “Artes Plásticas – Projeto ReciclARTE”, da companhia ASTA Teatro, que integra artes plásticas, teatro, música e lixo “para a criação de diversos objetos artísticos e com o intuito de combater o insucesso escolar e educar para a reciclagem, reutilização e reaproveitamento de resíduos”.

Para 16 de outubro, último dia do CineEco, numa parceria com o Festival DME, poderá ser vista a instalação interativa “Lugares Invisíveis”, uma mostra com paisagens sonoras e visuais que impelem à reflexão sobre o meio ambiente, diferentes níveis de poluição e a relação com o planeta.

A direção do festival sublinha numa nota enviada à agência Lusa que “a resiliência do CineEco é reveladora da pertinência da temática ambiental nos dias de hoje”.

“Curiosamente, os 27 anos deste festival cruzam-se com episódios marcantes que aconteceram no mundo e, em particular, na nossa sociedade como é o caso dos incêndios de 2017, a desflorestação da Amazónia e de outras manchas verdes, os mais recentes incêndios nos EUA, Austrália, as cheias devastadoras que aconteceram este ano na Europa, o recrudescimento de fenómenos cada vez mais extremos”, afirma.

A competição oficial da 27.ª edição do CineEco recebe um número recorde de mais de 90 filmes de mais de 20 países.

O CineEco é organizado pelo município de Seia, no distrito da Guarda, e conta com o alto patrocínio do Presidente da República e do Departamento de Ambiente das Nações Unidas.