A mostra de cinema Imprópria, cuja primeira edição decorre este mês em Ponta Delgada, homenageará a cineasta Raquel Freire pelo seu "percurso importante na luta pelos direitos humanos, nomeadamente a igualdade de género", foi hoje revelado.

Raquel Freire é uma das três homenageadas na primeira edição do Imprópria: para além da cineasta, serão louvadas Clarisse Canha, a quem os Açores "devem muito", nomeadamente pelo implementar da organização UMAR na região, e Clara Queiroz, docente e "feminista assumida" que cruza ciência e género em alguns dos seus trabalhos, revelou à imprensa a assistente social Natalia Bautista, uma das organizadoras.

O festival, que tem como pano de fundo a igualdade de género, foi hoje apresentado aos jornalistas, valorizando a organização o facto de este decorrer no âmbito do dia de Ponta Delgada para a Igualdade de Género.

Nos três dias do evento, que decorrerá na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, serão exibidas curtas e longas-metragens dedicadas à igualdade de género.

No primeiro dia, 23 de outubro, haverá a homenagem a Clarisse Canha e cinco curtas.

Já a 24 de outubro, é apresentada uma conversa com as três homenageadas do evento, para além da homenagem a Raquel Freire e a exibição do filme "Rasganço", da cineasta portuguesa.

O último dia do Imprópria incorpora quatro curtas, a homenagem a Clara Queiroz, o filme "Ela é uma Música", de Francisca Marvão, e um concerto dos Calcutá.

A mostra é de entrada gratuita e o ideal é que "no próximo ano sejam criadas mais sinergias", nomeadamente a nível social e de integração na comunidade, vincou Natalia Bautista.