O reconhecimento no LA Punk Film Festival constitui o 17.º prémio entregue ao filme que retrata a vida e obra do guitarrista Zé Pedro, fundador dos Xutos & Pontapés e dinamizador do punk, que morreu em 2017.
“Tenho a certeza que este era o prémio que o Zé Pedro mais ia gostar, porque este é o festival que faz sentido para alguém como ele”, disse à Lusa o realizador Diogo Varela Silva, que não estava à espera de ver o filme vencer este prémio no festival de cinema punk.
“Estou muito feliz de o filme estar a ter tanto público e tantos festivais. Sempre pensei que o Zé Pedro era 'uma coisa mais nossa'”, sublinhou o realizador português.
O título, que se estreou nas salas portuguesas de cinema, em julho de 2020, vai a caminho do público internacional através de um acordo que está a ser negociado.
“As coisas estão bem encaminhadas para haver distribuição nos Estados Unidos”, indicou Diogo Varela Silva à Lusa, salientando a “expectativa” positiva com que o autor do documentário se encontra.
A notícia da vitória no LA Punk Film Festival foi celebrada também pelos que eram mais próximos do músico português, segundo disse o realizador.
“As várias famílias do Zé, as irmãs, sobrinhos, a mulher Cristina, que acompanham sempre de perto o percurso do filme, estão todos felizes por ver este reconhecimento”, afirmou. “Acima de tudo é um reconhecimento da vida dele”.
Na seleção oficial, o festival descreveu o impacto que o guitarrista teve no panorama musical português: “Zé Pedro, o lendário guitarrista dos Xutos & Pontapés, é o maior nome do rock ’n’ roll português”, descreveu.
“Ele foi a sua maior força motriz, não apenas como guitarrista fundador da melhor banda portuguesa de sempre, mas também ao promover o género como crítico de música, radialista e dono do Johnny Guitar, um mítico clube e sala de concertos em Lisboa, onde tantas bandas deram os seus primeiros passos”.
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