O futuro dos lendários estúdios japoneses de animação Ghibli foi discutido este fim de semana com os seus acionistas por Toshio Suzuki, um dos co-fundadores, juntamente com
Hayao Miyazaki,
Isao Takahata e Yasuyoshi Tokuma.
Ao contrário do que foi noticiado por alguns meios devido a um erro de tradução, Suzuki não anunciou o encerramento da Ghibli, mas indicou que existiria uma «breve pausa» na produção para avaliar o futuro na sequência da reforma de Miyazaki da realização após
«The Wind Rises» (ainda inédito em Portugal). Manifestando alguma preocupação com a direção da empresa no futuro, o produtor, que também se vai retirar este ano, reiterou a necessidade de levar a cabo uma reavaliação e reestruturação com vista a criar um novo ambiente para a próxima geração.
Após a aclamação de obras como
«O Meu Vizinho Totoro» (1988),
«Kiki - A Aprendiz de Feiticeira» (89),
«Porco Rosso: O Porquinho Voador» (92), «O Sussuro do Coração», (95),
«Princesa Mononoke» (97),
«A Viagem de Chihiro» (01) ou
«O Castelo Andante» (04), são conhecidas as dificuldades financeiras da Ghibli nos anos mais recentes: «The Tale of Princess Kaguya» (13), o regresso após mais de uma década de Isao Takahata, o realizador de «O Túmulo dos Pirilampos» (88) e «Memórias de Ontem» (91), foi um fracasso comercial devido aos elevados custos de produção.
Os filmes do estúdio são muito caros e necessitam de obter grandes receitas porque este tem uma grande exigência em termos de qualidade, o que o leva a não subcontratar animação a países mais baratos. Num recente podcast, Suzuki tinha dado a entender que o futuro dependia os resultados de «When Marnie Was There», o mais recente trabalho de Hiromasa Yonebayashi, sobre uma rapariga e o fantasma de que se torna amiga, que estreou a 19 de julho e ficou atrás de «Pokémon the Movie: Diancie and the Cocoon of Destruction» e
«Maléfica», rendendo apenas 379 milhões de iénes (2,75 milhões de euros), menos de metade do seu filme de 2010, «O Mundo Secreto de Arrietty».
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