Filipe Pereira, organizador do
Fest – Festival Internacional de Cinema Jovem, disse à agência Lusa que o tema da aula de
Eduardo Serra será a manipulação da luz na direcção de fotografia.

«Nestas «masterclasses», não vamos ensinar a fazer cinema. Convém que os participantes já tenham formação. Optamos este ano por nos focar na luz, até porque Portugal tem muito boa luz para cinema», afirmou.

O número elevado de horas de sol por dia e as belas paisagens do país são, segundo Filipe Pereira, razões de peso para os produtores de cinema escolherem Portugal.

O Fest Training Ground, já na terceira edição, «é um evento educacional onde novos talentos emergentes, vindos de todo o mundo, se juntam durante uma semana para participarem numa formação de luxo que inclui workshops, masterclasses, palestras e debates orientados por peritos de topo e sucesso reconhecido».

O programa abrange áreas como guionismo, edição, som, luz, fotografia e teoria de cinema, permitindo que cada participante escolha as formações que quer.

O convidado em destaque na edição deste ano é Eduardo Serra, apresentado pela organização como «um dos mais respeitados e influentes nomes na área da cinematografia» e, «muito provavelmente, o nome português mais sonante do mundo do cinema a nível internacional».

Eduardo Serra foi nomeado para o Óscar de melhor fotografia em 1998 e 2004, pelo seu trabalho em
«As Asas do Amor», de
Iain Softley, e
«Rapariga do Brinco de Pérola», de Peter Webber, «o filme que tornou
Scarlett Johansson numa diva dos tempos modernos».

Director de fotografia nos dois últimos capítulos da saga Harry Potter, Eduardo Serra regressa a Portugal dias antes da estreia nacional de
«Harry Potter e os Talismãs da Morte - Parte 2».

Filipe Pereira referiu que estão confirmados cinco «workshops» e 22 «masterclasses», mas o programa ainda não está fechado.

A organização já recebeu muitas inscrições da Escandinávia, principalmente da Finlândia, e também da Hungria, Roménia, Inglaterra, França, Itália, Polónia, República Checa, Egipto e Qatar.

«Em 2010, 62 por cento dos participantes eram estrangeiros, mas estamos a fazer um grande esforço para que isso não aconteça de novo», salientou Filipe Pereira, explicando que a organização quer mais jovens portugueses a participar.

O organizador realçou que o Fest integra a Nisi Masa, rede europeia de cinema jovem, onde actualmente há «grandes oportunidades» de co-produção de curtas-metragens que os portugueses podem e devem aproveitar.

SAPO/Lusa