"Miss" "é sobre identidade, é sobre a tolerância, a liberdade de ser quem somos. De escolher o nosso percurso até nos encontrar", como contou o realizador à agência Lusa em Paris, em março passado.
O filme, que terá antestreia hoje no Cinema São Jorge, inspira-se na história verídica do ator principal, Alexandre Wetter, modelo andrógino que desfila roupas femininas e masculinas.
Este ano, a Festa do Cinema Francês voltará a apostar em várias antestreias da mais recente produção francesa, mas irá também repor alguns filmes cuja exibição foi afetada pelo encerramento das salas de cinema por causa da covid-19.
Entre as antestreias contam-se "Manual da boa esposa", de Martin Provost e com Juliette Binoche, "Agente Haxe", de Jean-Paul Salomé com Isabelle Huppert, "De Gaulle", de Gabriel Le Bomin, e "Thalasso", de Guillaume Nicloux, com o escritor Michel Houellebecq e o ator Gérard Depardieu.
Serão ainda repostos "Frankie", de Ira Sachs e rodado em Portugal, ou "J'Accuse - O oficial e o espião", de Roman Polanski.
Nesta edição, a Festa do Cinema Francês irá ainda prestar homenagem à atriz, realizadora e ativista francesa Delphine Seyrig, com as sessões a decorrerem na Cinemateca.
Entre os filmes escolhidos conta-se "Les trois portugaises", que Delphine Seyrig realizou com Carole Roussopoulos e Ioana Wieder, sobre Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, uma revisitação do caso polémico das três escritoras com a publicação, em 1972, das "Novas Cartas Portuguesas", proibida pelo Estado Novo.
A Festa do Cinema Francês terminará no dia 21 em Lisboa com a comédia "O meu primo desajeitado", de Jan Jounen.
Além da capital, a Festa do Cinema Francês vai passar por Almada (14 a 18 de outubro), Oeiras (15, 17 e 18 de outubro), Coimbra (21 a 24 de outubro) e Porto (29 de outubro a 04 de novembro).
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