A Disney prepara mais um filme da saga "Piratas das Caraíbas", mas especula-se se tenciona manter Johnny Depp como o capitão Jack Sparrow depois das polémicas mediáticas em que está envolvido.
O Geeks World Wide avança que a pré-produção já começou e que o argumento está a ser escrito pelos "suspeitos de costume": Ted Elliott e Terry Rossio, além de Jeff Nathanson, que se juntou à saga com o quinto filme, "Piratas das Caraíbas: Homens Mortos Não Contam Histórias" (2017).
Nigel Phelps, responsável pela criação dos mundos das histórias de capa e espada, também regressará como o designer da produção.
O norueguês Joachim Rønning, que co-realizou o filme anterior com Espen Sandberg, também é consensual, mas o Geeks World Wide avança que o sexto filme provavelmente só chegará aos cinemas em 2021 ou 2022 porque o realizador está ocupado com a rodagem de "Maléfica 2", outra produção da Disney, que estreia em maio de 2020.
O resto da notícia aborda se Johnny Depp terá condições para regressar à luz do precedente que a Disney criou ao despedir o realizador James Gunn após terem sido recuperadas mensagens antigas polémicas nas redes sociais, incompatíveis com os falores "familiares" do estúdio.
No ano passado, "Homens Mortos Não Contam Histórias" arrecadou 794 milhões de dólares a nível mundial, quando "Por Estranhas Marés" passou a marca dos mil milhões em 2011.
Embora Jerry Bruckheimer, produtor da saga "Piratas", tenha dito que não via como era possível continuar sem Depp, que se mantém desde 2003, a desvalorização comercial levou à especulação de que a sua presença tinha afastado algum público após as acusações de violência doméstica feitas pela sua ex-mulher, Amber Heard.
Por outro lado, tem crescido de tom a campanha contra a participação do ator em sagas de grande popularidade, com grandes críticas à escritora J.K. Rowling e ao estúdio Warner Bros. por manterem o apoio ao seu envolvimento em "Monstros Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald".
Numa era em que as grandes sagas dependem da opinião pública e Hollywood vive sob a tensão do movimento #MeToo, o Geeks World Wide sugere que as notícias sobre os gastos polémicos de Depp, a entrevista bizarra à Rolling Stone que alarmou Hollywood e um recente processo em tribunal por alegada agressão a um membro da equipa técnica do filme "City of Lies", podem servir de pretexto para a Disney lavar as mãos da sua estrela e seguir em frente.
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