A caminho dos
Óscares 2022
De acordo com comunicado da APC, “Listen” concorre à categoria de melhor filme europeu, enquanto “Ordem Moral” é o candidato a melhor filme ibero-americano.
“Os filmes foram selecionados entre todos os candidatos elegíveis, estreados entre 01 de setembro de 2020 e 31 de julho de 2021, condição necessária para esta nomeação”, acrescentou a APC.
No ano passado, os candidatos portugueses foram “Mosquito”, de João Nuno Pinto, a melhor filme ibero-americano, e “Vitalina Varela”, de Pedro Costa, a melhor filme europeu. Nenhum foi nomeado.
"Listen" é a primeira longa-metragem de ficção de Ana Rocha de Sousa, um drama familiar inspirado numa história real, sobre uma família portuguesa emigrada em Londres, a quem é retirada a guarda dos filhos, por suspeitas de maus-tratos. A narrativa acompanha os esforços da família em provar aos serviços sociais e judiciais britânicos que as suspeitas são infundadas.
Com coprodução luso-britânica, o filme foi rodado nos arredores de Londres com elenco português e inglês, encabeçado por Lúcia Moniz, Ruben Garcia e Sophia Myles.
O filme venceu seis prémios no Festival de Veneza, entre os quais o "Leão do Futuro", para uma primeira obra, e o prémio especial do júri da competição Horizontes.
O filme foi apresentado pela APC como candidato português aos Óscares, mas acabou por ser rejeitado pela Academia de Cinema dos Estados Unidos devido ao facto de ser maioritariamente falado em inglês.
Em janeiro deste ano, “Ordem Moral” já havia sido anunciado como o candidato de Portugal a melhor filme ibero-americano nos Prémios Ariel 2021, atribuídos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas do México.
Em “Ordem Moral”, que se estreou em Portugal em setembro, Mário Barroso conta a história verídica Maria Adelaide Coelho da Cunha, herdeira e antiga proprietária, há cem anos, do Diário de Notícias.
Maria de Medeiros interpreta a abastada herdeira do Diário de Notícias, que em 1918 abandonou a família para viver com o motorista, foi internada compulsivamente pelo marido e dada como louca, condição que sempre negou.
Produzido por Paulo Branco, com argumento de Carlos Saboga, no filme, além de Maria de Medeiros, entram também Marcello Urgeghe, João Pedro Mamede, João Arrais, Júlia Palha, Albano Jerónimo, entre outros.
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