"Estamos a tentar que a obra de reabilitação se inicie até ao final do ano de 2018", disse à agência Lusa o vereador da Câmara de Évora com o pelouro da cultura, Eduardo Luciano.

Situado no centro histórico da cidade, o centenário Salão Central Eborense, que se encontra degradado e fechado desde o final dos anos 80 do século XX, vai ser transformado num espaço polivalente para as artes.

A intervenção arrancou no verão do ano passado com uma operação de limpeza e remoção dos entulhos e com sondagens arqueológicas, a cargo de uma equipa do município, em colaboração com a Universidade de Évora.

"As sondagens arqueológicas ainda decorrem", porque é um "trabalho moroso", adiantou o vereador, indicando que esta fase vai "acelerar" tendo em conta que a equipa foi reforçada com "mais três técnicos".

Eduardo Luciano referiu que já foi aprovado o projeto de arquitetura e que se seguem os projetos de especialidade, durante este mês, realçando que o passo seguinte será "a fase de candidatura" a fundos comunitários.

"O concurso para a empreitada terá início imediatamente após a aprovação da candidatura, que já está pré-negociada e pré-aprovada dentro do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Évora", assinalou.

"A partir daí, são concursos públicos internacionais com as vicissitudes que poderão ter, mas, se tudo correr bem, o concurso estará resolvido em seis meses e estamos a tentar que a obra de reabilitação se inicie até ao final do ano de 2018", acrescentou.

A reabilitação do Salão Central Eborense, que conta com uma comparticipação de 85% de fundos comunitários, é um dos projetos do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Évora, já assinado com o programa operacional Alentejo 2020.

O Salão Central Eborense foi mandado construir, em 1916, pelo empresário José Augusto Anes como espaço de cultura e variedades e, ao longo dos anos, passou pela mão de diversos proprietários, sempre com a predominância da exibição de cinema.

Com o passar dos anos, a afluência de público diminuiu, levando ao seu encerramento definitivo no final dos anos 80, tendo a câmara municipal adquirido o edifício em 1996.

O projeto da Câmara de Évora vai permitir transformar o imóvel numa sala polivalente dedicada às artes, com um espaço principal para espetáculos e performances e outro para ensaios, num piso inferior.

A cidade de Évora voltou a ter cinema do circuito comercial em dezembro do ano passado, depois de sete anos sem exibição regular de filmes, graças à abertura de novas cinco salas no centro comercial Évora Plaza.