A atual greve do sindicato dos atores de Hollywood não permite aos seus membros participar na divulgação dos filmes, mas a exceção que existe para os documentários fez com que Sylvester Stallone fosse o convidado de honra da sessão de encerramento do Festival Internacional de Cinema de Toronto no último fim de semana.
A pretexto de "Sly", que será lançado pela Netflix em novembro, a lenda participou num encontro com fãs e jornalistas no sábado onde fez revelações sinceras sobre a sua carreira de vitórias, derrotas e alguns arrependimentos.
Não faltou a inevitável pergunta sobre se ainda há futuro para as suas personagens mais icónicas, Rocky Balboa e John Rambo.
"Posso ser o Rocky até aos 100 anos porque há muitas histórias diferentes. Ele não precisa lutar no ringue. Há tantas lutas na vida", disse ao público, citado pelo Toronto Sun.
Em sentido contrário é como vê o destino do veterano da Guerra do Vietname que se estreou com "A Fúria do Herói" em 1982 e regressou em quatro sequelas.
"Rambo, posso deixá-lo ir. Já fez muito, embora eles queiram fazer outro. Mas vou lutar contra o quê? A artrite? A verdade é essa", respondeu.
No festival, Stallone voltou a dizer que o seu melhor trabalho é "Rocky Balboa", o sexto filme da saga lançado em 2006.
"É a melhor coisa que já fiz porque ninguém o queria. A minha carreira na indústria estava acabada... era como o 'Tootsie' [filme de 1982 com Dustin Hoffman], ‘Já ninguém gosta de ti’", recordou.
Pelo contrário, descreveu o popular filme de ação "Cobra - O Braço Forte da Lei" (1986) como uma oportunidade perdida.
"Isso é algo que deveria ter realizado, mas não o fiz. Essa é a coisa sobre fazer filmes: olha-se para trás e fica-se a pensar 'Meu deus, não me esforcei mais porquê?'”, admitiu.
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