O centenário da estreia da obra-prima da história do cinema «O Nascimento de Uma Nação», de D. W. Griffith, será celebrado no Teatro Nacional de São Carlos este domingo pelas 16 horas.
Com o apoio da Cinemateca Portuguesa, terá lugar uma sessão especial com a exibição a ser acompanhada da partitura original de Joseph Carl Breil executada pela Orquestra Sinfónica de Lisboa sob a direção da maestrina Gillian Anderson.
Com Lillian Gish, Henry B. Walthall, Lillian Gish, Mae Marsh e Robert Harron, «O Nascimento de Uma Nação» relata a história de duas famílias durante a Guerra de Secessão (1861-65) e a subsequente reconstrução dos EUA.
Um grande sucesso do seu tempo, o filme causou grande impacto por evidenciar o potencial desse novo meio que era o «cinema» graças à aplicação de inovadoras técnicas.
No entanto, foi muito criticado pela representação dos negros americanos, interpretados por brancos com as caras pintadas, como pouco inteligentes e sexualmente agressivos para com as mulheres brancas, ao mesmo tempo que apresentava a organização racista Ku Klux Klan como uma força heróica.
A controvérsia mantém-se até hoje, o que leva a que o centenário esteja a ser pouco celebrado nos EUA.
As críticas levaram o realizador D. W. Griffith a fazer «Intolerância» no ano seguinte, mais consensual e ainda mais influente na evolução da arte cinematográfica, geralmente considerado o seu melhor trabalho.
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