A assembleia-geral de hoje destinava-se a eleger novos corpos sociais, uma vez que a administração está demissionária. A reunião foi remarcada para 7 de novembro.

Os trabalhadores da
Tobis tinham marcado uma concentração para hoje de manhã em frente às instalações da empresa, mas com a suspensão da assembleia-geral rumam agora às instalações do
Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA).

O ICA é o representante maioritário do Estado no capital social da antiga produtora de cinema.

Um dos acionistas das Tobis disse hoje à Lusa que a assembleia-geral foi remarcada para 7 de novembro, porque «há uma negociação num estado adiantado».

«Se houver uma nova entidade na Tobis, essa entidade terá os seus próprios candidatos [ao conselho de administração]», disse a mesma fonte, não adiantando quem está envolvido na negociação para possível compra do capital do Estado.

Em declarações à agência Lusa, o delegado sindical da empresa, Tiago Silva, afirmou que na Tobis já só existem menos de 50 trabalhadores, uma vez que alguns já pediram a reforma.

Os trabalhadores da Tobis ainda não receberam os salários de setembro e no início desta semana viram agentes polícias entrarem nas instalações de empresa para identificarem o material existente devido a dívidas à banca.

Na semana passada, o secretário de Estado da Cultura anunciou que o passivo da Tobis ronda os oito milhões de euros.

O Estado, que detém 99,4 por do capital da Tobis, pretende alienar a sua participação na empresa. Até ao momento, só a Film Formas, de António da Cunha Telles, apresentou uma proposta para a compra da empresa, que não foi aceite pelo ICA.

@Lusa