Por estes dias, várias organizações fazem o balanço da colheita cinematográfica de 2014 anunciando as suas escolhas ou nomeações para os melhores do ano.
É a temporada de prémios onde surgem títulos e personalidades incontornáveis, os que têm grandes hipóteses e os que não vão perder a esperança até ao anúncio das nomeações para o maior prémio da indústria: os Óscares.
Ao longo desta semana, o SAPO Cinema vem apresentando os
atores e
atrizes que têm legítimas hipóteses de ouvirem o seu nome nas categorias secundárias nessa madrugada de 15 de janeiro.
É agora a vez de reunir as candidatas ao Óscar de Melhor Atriz, uma seleção que se ressente de muitos filmes que estão entre os melhores do ano se centrarem em personalidades masculinas, remetendo as femininas para segundo plano.
Com exceção de Rosamund Pike («Em Parte Incerta»), os melhores papéis encontram-se em filmes de baixo orçamento e, até agora, pouco conhecidos do grande público. Essa é a situação por exemplo de «Still Alice», que colocou Julianne Moore como a grande favorita do início desta temporada.
Mas a dificuldade de escolha é tal que têm fortes hipóteses de obter a nomeação Hilary Swank em «Homesman - Uma Dívida de Honra» e Amy Adams em «Olhos Grandes», apesar dos filmes serem pouco consensuais. Isso é impensável nas categorias masculinas, onde a concorrência é tão forte que o acolhimento aos respetivos filmes e o sucesso comercial são fatores importantes para os atores se destacarem.
Num ensaio recente, o crítico Mark Harris escreveu:
«O grupo [para a categoria de Melhor Atriz] não é vasto. Nunca parece ser. [...] Falamos da corrida para Melhor Atriz como se as atrizes - mulheres adultas que recebem papéis centrais, complexos - tivessem realmente autorização para participar na atual economia de Hollywood para lá dos livros para jovens adultas ou filmes de género específicos. Não têm. Este tornou-se um prémio para a Melhor Exceção à Regra».
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