Will Smith conseguiu o seu primeiro grande sucesso no cinema desde a sua infame bofetada nos Óscares, com "Bad Boys: Tudo ou Nada" a estrear no topo das bilheteiras da América do Norte, num sinal de que o público está pronto para o receber de volta.
O quarto capítulo da saga de comédia de ação da Sony arrecadou cerca de 56 milhões de dólares, informou o observador da indústria Exhibitor Relations, tornando-se um passo importante na reabilitação da carreira de Smith desde o famoso momento com Chris Rock na cerimónia das estatuetas douradas em março de 2022.
Trata-se da melhor estreia para um filme com classificação etária "R" [maiores de 16 anos] desde "Oppenheimer" em julho passado, a sexta maior estreia na carreira de Smith e o seu 18.º filme em primeiro lugar como protagonista.
Ligeiramente abaixo dos 62.2 milhões da estreia de "Bad Boys Para Sempre" em janeiro de 2020, que era o primeiro filme em 17 anos, "Tudo ou Nada" supera a previsão pessimista dos analistas de que não passaria os 40 milhões e até a inicial feita há três semanas de que ficaria pelos 50 milhões.
As receitas globais da estreia do quarto filme chegaram aos 104,6 milhões, num grande sinal de motivação para os cinemas após o mau arranque da temporada de verão de Hollywood: às desilusões de "Profissão: Perigo", com Ryan Gosling e Emily Blunt, "O Reino do Planeta dos Macacos", "IF – Amigos Imaginários", de John Krasinski e com Cailey Fleming e Ryan Reynolds, e "Garfield", juntou-se o fracasso de "Furiosa: Uma Saga Mad Max".
"'Bad Boys' faz parte da elite e a saga tem espaço para andar. São números excelentes", disse o analista David A. Gross, da Franchise Entertainment Research.
O sucesso da produção com um orçamento de 100 milhões antes da campanha de marketing é um afastamento bem-vindo do lançamento de “Emancipação”, o filme com Smith como um escravo fugitivo na Guerra Civil Americana que não teve qualquer impacto nas bilheteiras no final de 2022 ou na temporada de prémios.
Em segundo lugar nas bilheteiras da América do Norte ficou "Garfield – O Filme", também da Sony, com a voz de Chris Pratt como o felino preguiçoso e amante de lasanha, com 10 milhões de dólares no período de sexta a domingo. O total global chegou aos 192,7 milhões, um razoável sucesso para o estúdio após um investimento de 60 milhões antes do marketing.
Em terceiro lugar, com 8 milhões, ficou "IF – Amigos Imaginários", do estúdio Paramount, com Cailey Fleming no papel de uma jovem que, juntamente com o vizinho Ryan Reynolds, embarca numa aventura para reencontrar os Amigos Imaginários (IFs) esquecidos com as suas crianças.
Mostrando a resistência nas bilheteiras após uma estreia modesta há um mês, o total global chegou aos 160,7 milhões, mas precisava quase do dobro para justificar os 110 milhões do orçamento, o que não inclui outros gastos, como o da sua promoção.
Em quarto lugar ficou o filme de terror da Warner Bros "The Watchers: Eles Veem Tudo", de Ishana Night Shyamalan, com 7 milhões de dólares. Trata-se de uma estreia muito modesta para o filme financiado e produzido pelo seu pai, M. Night Shyamalan.
A ficção científica "O Reino do Planeta dos Macacos" ficou em quinto lugar, com 5,4 milhões. O total global chegou aos 359.8, o melhor da temporada de verão até agora, ficando perto dos cerca de 400 milhões do que se pensa que seria um sucesso de bilheteira após a 20th Century Studios (da Disney) investir na produção uns dispendiosos 160 milhões, sem contar com o marketing.
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