Na origem da recusa esteve a postura da organização, que propôs à banda fazer uma atuação conjunta com outro artista, indicando ser essa uma condição obrigatória para a performance do grupo na cerimónia.

“Nós queríamos tocar a nossa música, mas disseram-nos que não podíamos. Tínhamos que fazer uma colaboração com outro artista qualquer. Estamos nomeados por este álbum que fizemos. Fomos aclamados por isso e, de repente, convidam-nos para tocar música com a qual não temos nada a ver”, contou Justin Vernon.

“Basicamente, mandamo-los f*der. Eles agiram como se estivessem interessados na nossa atuação, mas não acredito que eles a quisessem mesmo”, continuou, acrescentando tratarem-se de “artistas fantásticos” aqueles com quem queriam que a banda colaborasse: “As colaborações sugeridas eram com pessoas com quem adorava tocar. Mas sabem que mais? O rock’n’roll não deve ser decidido por pessoas com essas funções. O rock’n’roll devem ser pessoas com guitarras às costas. E os seus amigos. E os seus managers”.

Recorde-se que os Bon Iver reúnem quatro nomeações aos Grammys, estando indicados, entre outras,nas categorias de Gravação do Ano, Música do Ano e Artista Revelação.

A cerimónia de entrega de prémios decorre no próximo dia 12 de fevereiro, no Nokia Theatre, em Los Angeles.

Sara Novais