Em declarações à Lusa, a cantora, que tem ascendência portuguesa, explicou que o alinhamento do novo concerto será semelhante ao do ano passado porque continua a digressão em que revela as canções do segundo álbum, "Vagarosa".

"A única diferença é que estou sem piano, o que dá às músicas um carácter diferente, mas intimista, e vou ter algumas versões, de Martinho da Vila e Ray Charles", disse.

"Vagarosa" é o segundo disco de Céu (Maria do Céu Poças), cantora de 31 anos e de uma geração que já não se enquadra apenas na nova música popular brasileira (MPB).

A música de Céu vai beber à MPB, mas tem outros aditivos, do reggae e da eletrónica. Começou desde cedo a fazer sucesso na Europa e nos Estados Unidos, onde viveu e onde actuou no festival de Coachella.

Agora, dois anos depois de "Vagarosa", Céu revelou que já começou a escrever músicas novas e a fazer escolhas. "Ando sempre com um gravador e quando posso vou gravando assim, num quarto de hotel, na estrada", disse.

A vida em digressão é "muito cansativa, mas é um trabalho bom. Quando subo ao palco e as pessoas escutam e gostam, mesmo não entendendo o que canto, é muito recompensador", reconheceu.

Em Portugal, o problema linguístico está ultrapassado, e é uma vantagem, porque sente - tal como no Brasil - "uma maior identificação" entre público e as musicas que canta, disse.

Um ano depois da estreia ao vivo para o público português, Céu vai actuar no Parque Marechal Carmona, em Cascais, no Cool Jazz Fest. O festival começou na segunda-feira e termina no final do mês.A primeira parte do concerto de Céu será assegurada pela cantora Afrikkanitha.

@Lusa