Trata-se, de acordo com a organização, de uma das mais antigas mostras de música moderna portuguesa, cuja abertura fica este ano a cargo de Jorge Palma, mas com a particularidade de dedicar espaço ainda ao cinema documental e à fotografia.

A Casa das Artes de Arcos de Valdevez, cujo auditório volta a ser palco deste "Sons de Vez", contará ainda, como "acrescentador" de "emoções visuais e documentais", antes dos concertos, com a projeção dos documentários "Meio Metro de Pedra", a 28 de fevereiro, e "Música em Pó", a 29 de março, ambos do realizador Eduardo Morais. "Abordam o tema da música, desde a década de 60 do século passado. Debruçam-se sobre bandas e artistas que não chegaram a ter a atenção do grande público independentemente do seu talento, o que vai de encontro a génese do ‘Sons de Vez', ou seja, misturar bandas conceituadas com projetos emergentes, tentando alavancar um no outro", explica fonte da organização.

Além da música, que sobe ao palco todos os sábados, até 29 de março, a partir das 23:00, a mostra é acompanhada por uma exposição fotográfica com "alguns dos momentos mais marcantes" da edição anterior, retratados por Sérgio Neto e Miguel Lobo.

Quanto aos concertos, depois da estreia com Jorge Palma, a 8 de fevereiro, seguem-se nos sábados seguintes Ermo, Attic, Mundo Cão e os Keep Razors Sharp. Durante o mês de março estão agendados concertos dos Noiserv, Fitacola, Melech Mechaya e O Bisonte. Um cartaz que para a organização é "de luxo" e que reúne "músicos nacionais de várias gerações e quadrantes sonoros", onde o "rock é o ingrediente principal". "As propostas são variadas e deixam espaço à world music e à fusão com o punk, a eletrónica e o indie", explica a organização.

Na primeira década desta mostra, de iniciativa municipal, passaram pelo Sons de Vez, sempre realizados naquela vila rural do interior do Alto Minho, mais de 12.500 pessoas, que assistiram a cerca de uma centena de concertos pagos.

@Lusa