Segundo a página oficial do grupo, a banda sobe ao palco do Coliseu de Lisboa no dia 26 de fevereiro.

Na bagagem, o grupo traz alguma material inédito, a incluir no sucessor de «Black Clouds & Silver Linings», com data de edição agendada para 13 de setembro.

Ainda não são conhecidos mais pormenores, não se sabendo, para já, quando estarão os bilhetes à venda.

Sobre os Dream Theater

Com mais de dois milhões de discos vendidos só nos Estados Unidos e mais de dez milhões a nível global, os Dream Theater nasceram – ainda sob a designação Majesty – em 1985.

O guitarrista John Petrucci, o baixista John Myung e o baterista Mike Portnoy eram colegas na Berklee College of Music, no estado do Massachusetts - uma das escolas de música mais reputadas e respeitadas dos Estados Unidos e do mundo. Os estudos não duraram, no entanto, muito mais tempo, com os três músicos a abandonarem o curso para se dedicarem à banda que tinham criado. Apesar de terem passado por algumas mudanças de formação, sobretudo numa fase inicial, o trio de elementos fundadores manteve-se unido ao longo dos anos – com James LaBrie na voz e Jordan Rudess no teclado a completarem a formação – até 2010, quando Portnoy deixou subitamente a banda.

Os primeiros concertos aconteceram em 1986 e os anos seguintes foram passados a escrever os primeiros temas e a gravar demos. No entanto, quando «When Dream And Day Unite» foi lançado, em 1989, o público e a imprensa receberam-no com indiferença. O reconhecimento não tardou e, três anos depois, «Images And Words» transformou-se num sucesso comercial graças ao single «Pull Me Under». «Awake», o terceiro álbum, chegou aos escaparates em 1994, seguido do EP «A Change Of Seasons», com um tema-título de 23 minutos de duração. Pressionados para escrever um disco mais acessível e comercial, «Falling Into Infinity» acabou por ser recebido de forma morna pelos fãs e pela crítica – uma pálida imagem do disco-duplo que tinham imaginado.

O grupo só voltaria ao estúdio em 1999, mas decide recuperar os temas que tinham ficado de fora do álbum anterior e assinam o opulento «Metropolis Pt. 2: Scenes From A Memory» – visto hoje em dia, como um dos seus registos seminais. O disco-duplo que andavam a prometer há demasiado tempo acaba por materializar-se três anos depois, na forma de «Six Degrees Of Inner Turbulence». Desde aí, nunca pararam de crescer e ir alargando as fronteiras da sua música e das suas próprias aptidões técnicas, assinando – a cada dois anos – discos cada vez mais desafiantes e relevantes – «Train Of Tought» (de 2003), «Octavarium» (de 2005), «Systematic Chaos» (de 2007) e o mais recente «Black Clouds & Silver Linings». Este último, o décimo de estúdio, foi editado em junho de 2009 e entrou directamente para o sexto lugar da tabela de vendas norte-americana – a entrada mais alta de sempre para os músicos.

A 8 de setembro de 2010 acontece o impensável quando, sem que nada o fizesse prever, Mike Portnoy e a banda se separaram. No mês seguinte, os restantes elementos já estavam a fazer audições para o lugar vago e, em Janeiro de 2011, entram em estúdio para a gravação do sucessor de «Black Clouds & Silver Linings».

Famosos pela sua proficiência técnica, os instrumentistas do grupo foram coleccionando galardões das revistas técnicas ao longo dos anos e, mais importante ainda, reconhecimento por parte dos seus fãs e pares.

John Petrucci, por exemplo, foi o guitarrista convidado mais vezes para a digressão G3, em 2009 apareceu na posição #2 dos 100 Melhores Guitarristas de Metal e também já foi considerado um dos Top 10 Greatest Guitar Shredders of All Time pela GuitarOne. Em conjunto, foram induzidos no Long Island Music Hall Of Fame em 2010. «Images And Words» é o álbum mais vendido da história da banda, tendo atingido a marca de ouro e o #61 na Billboard à altura do seu lançamento. «Awake», «Six Degrees Of Inner Turbulence» e «Systematic Chaos» também entraram para a famosa tabela, para as posições #32, #46 e #19, respectivamente.

Filipa Oliveira