O velório do cantor realiza-se no sábado, a partir das 18h00, numa capela do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, de onde, no domingo, às 15h00, sairá o funeral para o cemitério dos Olivais, onde se realiza a cerimónia de cremação, um desejo do cantor, disse a mesma fonte.

O cantor, que tinha voz de tenor, estreou-se em finais da década de 1960, no Teatro Rivoli, no Porto, na opereta “Pupilas do senhor reitor”, e foi uma “figura efémera do meio artístico português”, segundo a “Enciclopédia da música ligeira portuguesa”.

Tomé de Barros Queirós foi um nome popular no teatro, na rádio e na televisão, embora por um curto período. Fez digressões às ex-colónias portuguesas de Angola e Moçambique, na Companhia de Giuseppe Bastos, e durante três anos atuou no Brasil.

De regresso a Portugal, entrou para a Companhia de Eugénio Salvador e Rui Martins, no Teatro Maria Vitória, em Lisboa, tendo participado nas operetas “Passarinho da Ribeira” e “Rosa Brava”, e em revistas, nomeadamente “Lisboa é coisa boa”, “Lisboa antiga”, “Eva no paraíso”, “Enquanto houver Santo António”, “Aguenta-te lá”, “Saias curtas” e “Abaixo as saias”. Anteriormente, tinha feito parte do elenco da revista “Aqui é Portugal”.

Além de “Saudade de Sintra” e “Maria, Minha Maria”, Tomé de Barros Queirós criou sucessos como “Não brinques comigo” e “Coimbra dos estudantes” e, segundo a "Enciclopédia da música ligeira portuguesa", foi "eleito ídolo da rádio portuguesa".

No cinema, participou, entre outros, no documentário “Sintra, jardim de Portugal”. Desde 1952 era casado com a atriz e cantora Mimi Gaspar, com quem chegou a atuar.

Após ter abandonado os palcos, dedicou-se a uma carreira como empresário, na área da publicidade.

Nos últimos anos, Barros Queirós foi uma das figuras na luta contra os touros de morte em Barrancos, no Baixo Alentejo. Foi presidente da direção da Sociedade Protetora dos Animais, cargo no qual foi rendido pelo atual dirigente desta entidade, Carlos Cravo.

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