O número de oportunidades para ver e ouvir música ao vivo em solo português tem-se multiplicado nos últimos anos e esta época estival é a ideal para esse objectivo.

E, como sempre, com a quantidade vem também a qualidade.

O SAPO Música, que andou atento à música que se viu e ouviu durante os últimos meses, elegeu aqueles que considerou os melhores concertos deste Verão.

Faith No More no Optimus Alive!10

“Os cabeças-de-cartaz do dia foram os Faith No More e mostraram-se justos detentores dessa honra. A banda norte-americana foi recebida por muitos e terá desiludido poucos. Muitos podem ter ido ver os Faith No More pela nostalgia, mas mesmo sem material inédito a banda - e em especial o vocalista - mantém uma frescura que mereceu cada aplauso.”

Gossip no Optimus Alive!10

“Dizer que Beth Ditto encheu o palco não é necessariamente fazer uma piada com a aparência da senhora. Não, Ditto destilou simpatia, empenho e energia e mesmo quem não se interesse pela música dos Gossip dificilmente dirá o contrário. Mas a música também não foi nada má. Para o público foi o delírio (…) e quando o efeito é este um single forte como "Standing in the Way of Control" pode ser despachado logo ao início, até porque o seu sucessor "Heavy Cross" ficou muito bem a fechar (acompanhado por uma pequena invasão de palco a convite de Ditto.”

Pet Shop Boys no Super Bock Super Rock

"O cartaz era tendencialmente indie mas a pop acabou por sair vencedora no primeiro dia do Super Bock Super Rock. Mérito dos Pet Shop Boys e da sua pop electrónica, que tornou o Meco numa irresistível discoteca ao ar livre."

Ben Harper no Marés Vivas

"Num recinto completamente lotado, Ben Harper e companhia aqueceram a noite fria e orvalhada em Gaia, naquele que foi o concerto mais vibrante da 8ª edição do Marés Vivas. O público não queria deixar ir embora Ben Harper que voltou por duas vezes ao palco num concerto de cerca de duas horas."

Prince no Super Bock Super Rock

“Quem disse que domingo era um mau dia para festas? Dificilmente alguém que tenha visto a actuação de Prince. (…) Bem disposto, enérgico e comunicativo, Prince não demorou muito a conseguir a adesão de grande parte (para não dizer a totalidade) dos que o aguardavam. Artista caleidoscópico, apresentou um concerto à altura das fusões que o notabilizaram. Nesta hora e meia houve espaço para o funk ("Get funky" foi mesmo o lema da noite), rock, R&B, soul ou disco. E até mesmo para o fado.”

Corinne Bailey Rae no Cool Jazz Fest

"Foi na recta final que Corinne Bailey Rae provou de vez ser mais do que uma voz simpática e uma cara bonita. “I would like to call it beauty” e “The Sea”, esta última tocada numa autoharp, aumentaram a fasquia. Mas foi com a impressionante versão da canção de Doris Day, “Que sera sera”, que o público aplaudiu merecidamente, e de pé, a jovem cantora. Um final mais do que simpático para uma suave noite de Verão."

Solomon Burke e Joss Stone no Cool Jazz Fest

"Foi o encontro em sintonia de duas gerações da música soul aquele que se viu ontem à noite em Cascais. Solomon Burke e Joss Stone deram um curso intensivo de duas horas de música soul ao público em Cascais."

Lauryn Hill no Festival dos Oceanos

“Foi preciso esperar vários anos para ouvir finalmente Lauryn Hill em Portugal e, mesmo ontem, o público teve de aguardar algumas horas para ouvir a autora de “The Miseducation of Lauryn Hill”.(…) Muitos devem ter saído com uma certeza: Ms Lauryn Hill está de volta.”

Prodigy em Paredes de Coura

"Sábado à noite, a melhor discoteca do país situou-se no interior e a céu aberto. O concerto dos Prodigy não só foi dos derradeiros de Paredes de Coura como o que convocou (e abanou) mais espectadores. Se o cartaz desta edição pode não ter sido dos melhores, pelo menos foi fechado com chave de ouro."

M.I.A. no Sudoeste

"As expectativas estavam (quase) todas nas costas dela. E, em cerca de hora e meia, M.I.A. conseguiu resolver o assunto a seu favor. A confusão estava instalada desde o início. As sirenes, os barulhos constantes, os sons de explosivos e de tiros… Foi ruidoso o concerto de M.I.A. Foi confuso também. Mas foi, acima de tudo, natural e genuíno."

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