O título do disco pode anunciar uma metamorfose mas, três anos depois do disco de estreia, Slimmy não mudou assim tanto. «Não é muito diferente do primeiro, uma vez que continua com rock e electrónica, mas não é tão individualista como o primeiro. Usei banda a tocar comigo, partilhei a escrita de canções com outras pessoas...», revela o músico a propósito do novo álbum, «Be Someone Else».

O título, sublinha, é «uma espécie de alerta para as pessoas», mais do que uma referência à sua própria mudança. «Não é propriamente uma vontade minha de me disfarçar seja do que for, já ando assim quase sempre», brinca.

«Sejam vocês próprios, não vivam a vida dos outros», recomenda, garantindo que no seu caso essa atitude tem funcionado. E no disco anterior, «Beatsound Loverboy», catapultou-o mesmo para alguma projecção internacional, com canções na banda-sonora da série «CSI: Miami» ou do programa de resumos da liga inglesa na Sky Sports.

Mas a internacionalização acabou por não ser consumada. «Não é assim tão fácil como parece. Mesmo que edites lá fora tens a estrutura dos técnicos e da banda para defender o disco na estrada. Não te consegues concentrar nos dois sítios», explica, acrescentando ainda que vai continuar a tentar mostrar a sua música «ao maior número de pessoas possível».

E nos próximos tempos, Paulo Fernandes e a sua banda vão mostrar «Be Someone Else» em vários palcos nacionais: em Vila do Conde (no Forte de S. João, dia 4), no Porto (no Pherrugem e no Rendez Vous, dias 9 e 10, respectivamente) ou em Coruche (nas festas da Semana da Juventude, dia 17), por exemplo.

@Gonçalo Sá