
Antes,apresentam-se os The Original Rudeboys. Com os temas do seu trabalho de estúdio, "This Life", que deambula por entre melodias acústicas e de influência hip hop, fazem aquecer as cordas vocais dos presentes, devidamente acompanhados por um ukelele ritmado, pelaforte batidada bateria,por umaguitarra dançante e pelas letras cativantes das duas canções. O single Stars in my eyes é recebido de telemóvel em punho, com a bandeira de Portugal em cima do palco e com a exictação já no máximo, dada a proximidade da entrada dos The Script em palco.
Passavam dez minutos da hora prevista para o concerto e a banda de Danny O'Donoghue entra em palco. Um “Let me ear you, Lisbon” faz o Campo Pequeno estremecer num grito colectivo, quase ensurdecedor.
O mais recente álbum de originais do grupo, "#3",éestreado no recinto lisboetacom otema de abertura, Good Ol’ Days, com o vocalista, numa correria em palco,a dedicar a música todos os presentes. Após descer até às grades da primeira fila,de forma aouvir as vozes dos fãs bem de perto, Danny regressa à base para cantar We Cry, queo público acompanha, com letra na ponta da língua, enquanto observa, rendido, o primeiro momento dançantedo frontman, que atinge o seu ponto alto em Breakeven, logo de seguida, um dos sucessos do disco de estreia dos The Script, "That's Beautiful".
Science and Faith, tema homónimo do segundo álbum, promove, entretanto,O'Donoghue a maestro da noite, com este a coordenar o canto e os braços dançantes da plateia. Mark Sheehan, guitarrista e uma das vozes do coletivo, informa, pouco depois, para gáudio de uma plateia eufórica: "We've been in Madrid last night and you're beating Madrid's ass".
Segue-se a apresentação de The Man Who Can’t be Moved, hino que catapultou a banda de Dublin além fronteiras, ouvido a capella, naquele que foi o momento mais memorável da noite, digno de ovação.
“This song comes from a very dark and sad place but it’s a positive song”, desabafa o guitarrista antes de começar, a dada altura,o instrumental de If you could see me now. Pouco depois, entre várias confissões que atestavam ser esta uma das melhores noites da digressão europeia da banda e cervejas bebidas de penálti, chega, pela voz de Mark, uma frase em português: "Vocês são bonitos!". A euforia instala-se de vez.
De volta às canções de amor, Danny pede o telefone de um fã para fazer uma chamada ao seu ex-namorado. "Noting" é então cantada, em jeito de serenata. I'm Yours leva, minutos depois, as guitarras acústicas ao palco e os corações do público ao extremo, perante uma balada descrita pelo vocalista como "a very simple song about giving everything you got to the person you love".
No concerto, não podia também falta o mais recente single da banda, Six Degrees of Separation e, muito menos, For the First Time, que faz surgir o segundo momento de apoteose da noite e a retirada de palco do grupo.
A vontade por mais alguns minutos de concerto fez o público bater o pé no chão, num pedido de encore, que foi prontamente concedido, com Danny a surgir na bancada, mergulhando num mar de público até chegar ao palco, onde interpreta, devidamente acompanhado pelos presentes, You Won't Feel a Thing e Hall of Fame, de "#3", transformando o Campo Pequeno numa arena dançante, incansável. "You can be a champion"é cantado até à retirada final da banda que, na sua 4ª visita a território nacional, voltou a encantar como "pela primeira vez".
Setlist:
Good Ol' Days
We Cry
Breakeven
Science & Faith
The Man Who Can't Be Moved
If You Could See Me Now
Before The Worst
If You Ever Come Back
Nothing
I'm Yours
Six Degrees of Separation
For the First Time
Encore:
You Won't Feel a Thing
Hall of Fame
Texto: Sara Fidalgo
Fotografia: Marta Ribeiro
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