Os Stranglers foram formados em 1974, em Inglaterra, e são das bandas com maior longevidade surgidas no movimento punk e new wave. Com quase 50 anos de carreira, a o grupo continua a ser seguido por uma grande legião de fãs de todo o mundo e os portugueses recebem sempre Baz Warne (voz e guitarra), Jean-Jacques Burnel (baixo) e Jet Black (bateria)  de braços abertos.

No próximo domingo, dia 18 de setembro, os britânicos regressam a Portugal para um concerto no Douro & Porto Wine Festival, em Lamego. O espetáculo será o primeiro da banda no país depois da morte de David Greenfield, em 2020, vítima da COVID-19.

"Será o nosso primeiro concerto em Portugal com o nosso novo teclista, uma vez que perdemos o nosso querido amigo David Greenfield para a COVID-19. Nunca mais fomos a Portugal, deste então", lembra Baz Warne em entrevista ao SAPO Mag.

"Em Portugal, as pessoas são sempre tão simpáticas e amáveis. E nós temos uma boa base de fãs aí. Os concertos são sempre bons. A comida é fantástica e, claro, também gostamos do vinho", confessa o vocalista, revelando que tem muitas boas memórias do país. "Já tocámos aí muitas vezes e é sempre uma grande festa", sublinha.

The Stranglers

Baz Warne destaca uma história caricata depois de um concerto. "Lembro-me de uma noite, há muito, muito tempo... pode ter sido numa das primeiras vezes que aí tocámos. Lembro-me que fomos a uma aldeia piscatória depois do concerto, comi sardinhas, fiquei muito bêbado e troquei de óculos de sol com um fã português. Ainda tenho os óculos do fã dos The Stranglers. Foi há muito tempo", conta.

No Douro & Porto Wine Festival, em Lamego, os Stranglers prometem tocar canções do último álbum, "Dark Matters", mas clássicos como “Golden Brown”, “La Folie”, “Strange Littlen Girl” ou “Always the Sun” não irão ficar de fora do alinhamento do concerto. "Ainda não estivemos em Portugal desde que lançámos o último álbum. Por isso, vamos tocar algumas canções novas do novo álbum", avança Baz Warne.

"Podem sempre esperar o inesperado. Temos muitas canções por onde escolher e, por isso, vamos tocar muitas canções que as pessoas conhecem e algumas coisas novas", acrescenta.

Sem desvendar pormenores do alinhamento, Baz Warne sublinha que a "primeira canção do concerto é muito importante": "A última canção é quase sempre a mesma, mas não vos vou dizer qual é porque não quero estragar a surpresa. Mas a primeira canção é sempre muito importante e mudamos essa canção de tempos em tempos. Às vezes, é uma canção que todos conhecem e, outras vezes, é uma canção que apenas conta um pouco mais sobre a banda. Por isso, têm de esperar para ver".

Além dos concertos, os Stranglers estão a trabalhar em novas canções. "Estamos sempre a escrever canções e estamos sempre a trabalhar em coisas novas", sublinha o vocalista.