Um porta-voz de Ben Brafman, advogado de Harvey Weinstein, disse que a audiência do processo por violação e agressão sexual contra o ex-produtor cinematográfico decorrerá no dia 11 de outubro, e não a 8 de novembro, como estava previsto inicialmente.
Acusado de abuso sexual por quase 100 mulheres, Weinstein foi denunciado em maio passado, em Nova Iorque, por agressões contra três mulheres: uma violação em março de 2013 e sexo oral forçado em 2004 e 2006.
O gabinete do promotor de Manhattan não confirmou à AFP a mudança da data.
Segundo a imprensa norte-americana, surgiram dúvidas sobre a veracidade do testemunho de Lucia Evans, uma das três mulheres na origem da denúncia contra Weinstein.
O New York Post e o site especializado em celebridades TMZ revelaram que o principal investigador do caso na polícia de Nova Iorque estaria a ser questionado por não ter informado ao promotor um testemunho que contradisse o depoimento de Lucia Evans.
A mulher de 34 anos acusa Weinstein de a ter forçado a praticar sexo oral em 2004, quando tentava a carreira de atriz.
Segundo a TMZ, uma testemunha - responsável de casting - disse que Lucia Evans lhe contou que teria feito sexo oral ao produtor de Hollywood para conseguir um papel.
Se a informação for exata, poderá levar ao abandono do processo contra Weinstein envolvendo as acusações de Evans, assinala o jornal New York Daily News.
Weinstein, 66 anos, sempre afirmou que as relações sexuais que manteve foram consentidas.
Em agosto, Brafman pediu a anulação do processo por violação - envolvendo outra mulher - baseado em dezenas de emails entre a acusadora (não identificada) e Weinstein que parecem indicar uma relação frequente.
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