Trata-se de um trabalho no âmbito do ciclo de exposições "Objetos Partilhados", em que o artista interpreta a obra de Henrique e Francisco Franco, pintor e escultor, respetivamente.

"É estabelecer o diálogo com Henrique Franco a partir dos dois trabalhos da galinha [feitos pelo autor] - a galinha natureza morta e o menino com a galinha preta, duas pinturas de Henrique Franco, num pretexto para falar dele", explicou Diogo Goes.

Este projeto tinha já sido desenvolvido pelo artista em 2010, em Serralves, no Porto, com uma estrutura com três metros de altura, totalmente coberta por pipocas, que agora foi aumentada para figurar na cidade do Funchal.

"Aqui a estrutura teve de ganhar mais escala porque o espaço é diferente, é interno e é no átrio da câmara, obrigando a redimensionar a estrutura. É mais alta, com quatro metros, e aumenta-se também o diâmetro", afirmou.

Para tapar a galinha com as pipocas, o artista lançou um desafio aos cidadãos para hoje, pelas 18:00.

"Deixo um desafio a todos os funchalenses para que comprem milho, façam as pipocas em casa, porque é barato fazê-las em casa, e tragam-no para o hall da Câmara Municipal do Funchal, não para as comer, mas para as colocar numa galinha gigante", pediu.

Diogo Goes, natural do Funchal, já realizou 48 exposições individuais, tendo integrado mais de 120 exposições coletivas em todo o país e no estrangeiro.

A tutela do Museu Henrique e Francisco Franco é do município e o espaço "dedica-se ao estudo, conservação, apresentação e divulgação da obra dos irmãos, naturais da Ilha da Madeira e participantes ativos da modernidade portuguesa", informa a câmara.