Paul Walker morreu no lugar do passageiro num acidente de carro em novembro de 2013 e quase dois anos depois, a filha entrou com um processo contra a Porsche alegando que o Carrera GT que o transportava não tinha os recursos de segurança presentes noutros veículos que podiam ter salvo a sua vida.
O mais recente desenvolvimento foi a apresentação de um pedido de quase 53 milhões de dólares de multa contra a marca num tribunal de Los Angeles por esta alegadamente ter censurado partes dos documentos que seriam prejudiciais à sua causa.
De acordo com a equipa de advogados de Meadow Walker, a Porsche forneceu documentos com partes tapadas no âmbito do processo e esse conteúdo só foi descoberto em dezembro de 2016 quando um advogado, depois de vê-los originalmente num PC no escritório, os reviu no seu Mac pessoal, que tornou as edições transparentes.
Em comunicado, Jeffrey L. Milam, advogado da filha de Paul Walker, diz que as partes censuradas agora conhecidas demonstram que a Porsche sabia que o GT era "perigoso e inseguro" e acusou-a de esconder "provas prejudiciais".
Entre as partes cortadas está um email de 2006 onde um funcionário notava que "até 200 dos 1280 Carrera GT fabricados pela Porsche tinham sido dados perdidos nos primeiros dois anos de comercialização, 2004-2006".
Já um email de um administrador anunciava que "outro Carrera GT foi à vida" ["bites the dust" no original] e comentava que desastres do GT "seriam grandes notícias para os restantes proprietários, uma vez o GT se torna mais raro".
"Qualquer empresa ética teria tirado o carro do mercado — ou, pelo menos, avisado o público dos seus perigos, principalmente porque a Porsche tinha deliberadamente tirado o seu sistema de estabilidade deste modelo. Em vez disso, a gestão da Porsche não fez nada exceto piadas insensíveis em emails internos sobre como isto iria aumentar o valor dos restantes carros", acrescenta o comunicado.
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